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"Agricultura digital tem que entregar valor" Destaque

Escrito por  Mar 05, 2020

Rodrigo Alff é Representante Técnico de Vendas da Climate Field View Sul. Nesta Entrevista, durante a Expodireto Cotrijal, ele fala sobre o novo lançamento da empresa no ramo da agricultura digital, suas aplicações e também faz projeções para o futuro.

Após essa primeira rodada de introdução do Climate no mercado, como vocês avaliam o momento atual?

Estamos no terceiro ano de lançamento comercial e durante essa jornada houve muito aprendizado para nós, para o agricultor e como um todo também. Pensando em nós, aprendemos que a agricultura digital não é tão simples, plataformas digitais tem várias no mercado e o agricultorvem sendo bombardeado a todo momento com aplicativos, plataformas que no final do dia não sei se ele vê valor nisso. Nós já tínhamos esse entendimento de que o agricultor precisa ver valor e nós estávamos certos, tanto é que nós crescemos muito em número de usuários, seja aqui no Sul ou a nível de Brasil.

Também percebemos que o agricultor sozinho tem uma certa dificuldade de implementar isso no campo, tivemos que lançar um time de técnicos para auxiliar o agricultor a usa a plataforma e isso exige um investimento muito grande, sendo que hoje temos cerca de 40 pessoas nisso. A parte comercial é feita basicamente pelo nosso time de crops e seeds, que é o primeiro contato com a agricultor, e a partir disso entra em campo esse time de técnicos para ajudar ele a usar da melhor forma possível  e isso faz com que o agricultor tenha uma experiência mais positiva.

Como estão projetando os próximos passos?

O futuro, quando se fala em agricultura digital, é relativo. Nós estamos trazendo alguns projetos pilotos, os quais já apresentamos as prescrições manuais. Hoje o agricultor precisa de um consultor, que pode ser um agrônomo ou técnico, para fazer uma recomendação dentro do aplicativo, que vai para dentro da máquina. Futuramente queremos que o próprio aplicativo seja capaz de gerar uma recomendação automática para o agricultor. Vamos chegar lá através de pesquisas e também com base no banco de dados que o próprio agricultor vai gerar. Então é importante que o agricultor entenda que quanto antes ele entrar, mais cedo ele vai chegar na assertividade de ter uma recomendação dele.

O nosso aplicativo é como se fosse um Waze, só que as plantas não possuem aparelhos, então instala-se um dispositivo na máquina que lê tudo o que a ela está fazendo, então você sabe ondeque caiu a semente, sabe a que velocidade ela caiu, em que altitude ela está, então depois quando eu vou colher eu posso saber como aquela semente caiu e se ela produziu mais ou menos, aliado a isso eu também consigo comparar os pontos e cruzar as informações e chegar numa recomendação automatizada.

Como está a aceitação do produtor?

Em termos de usuários nós temos crescido muito nos últimos seis meses, acabou até nos surpreendendo, porque a agricultura digital não é palpável. Aqueles agricultores que apostaram há dois anos estão começando agora a ter entregas de valor e isso fez com que ele fosse capitalizado, porque depende dos dados empregados. Nós temos desafios de compatibilidade, de conectividade no campo que temos que mitigar.No começo queríamos conectar o agricultor direto, mas as vezes ele não tinha a máquina ou passava uma média de produção que não correspondia a maior parte da lavoura, aos poucos, com nossa equipe de campo podemos ter a quantificação da lavoura e só então entregamos um produto de qualidade.

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