Segundo o assessor técnico do Núcleo Econômico da CNA, Paulo André Camuri, o aumento é reflexo da qualidade e da competitividade do produtor brasileiro e do surto de Peste Suína Africana (PSA), que atinge os rebanhos na China desde agosto de 2018.
“O avanço da doença no país asiático, que é o maior consumidor de carne suína do mundo, impactou o cenário global de oferta de alimentos e os preços, principalmente de carne suína e de frango”, disse.
O boletim da Confederação destaca o bom momento das proteínas e aponta alta nos VBPs de suínos (24,70%), frangos (14,10%), leite (8,10%) e carne bovina (4%). Apenas o setor de ovos deve ter queda (-12,70%).
Dados até outubro mostram que o VBP, que mede o faturamento bruto da atividade “da porteira para dentro”, deve chegar a R$ 614.55 bilhões, um leve aumento de 0,10% em relação a 2018. Camuri explica que, apesar da estabilidade, o VBP do ramo agrícola deve encerrar o ano com queda de -3,80%, alcançando R$ 380.1 bilhões.
O cenário de redução de 11,10% nos preços do café arábica e de 14,80% do café robusta, somado à queda da produção, deve resultar em queda de 35,50% do VBP do café em relação ao ano anterior.
O VBP da soja também deve ter recuo de R$ 20 bilhões no VBP (-12%), por causa das reduções de 8,80% nos preços e de 3,60% na produção. Apesar dessas quedas, algumas culturas devem apresentar alta, como o milho (+16,80%) e o algodão (+11,90%).
CNA
