Os competidores de 11 equipes elaboraram propostas relacionadas a uso de tecnologias para o monitoramento das lavouras, gerenciamento eletrônico de laudos, alternativas para cálculo de riscos, conectividade no campo, gerenciamento digital de fiscalizações e plataformas de acesso a informações ao produtor rural.
Os vencedores foram as equipes Hold, com uma proposta para gerenciar digitalmente os laudos de verificação de perdas do seguro rural; AHA, com um aplicativo para o cálculo de riscos, e Athon, com a proposta de uma rede nacional dos profissionais peritos (pool de peritos).
Para o diretor do Departamento de Gestão de Riscos Rurais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, a interação da academia com o setor produtivo é fundamental para o desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas ao agronegócio brasileiro.
“Além disso, o setor de seguros rurais está crescendo e precisa cada vez mais de profissionais que estejam antenados com tecnologia e inovação. O Agrohackathon contribuiu para formar profissional com perfil inovador e que trabalhe em equipe e foi muito recompensador ter sido um dos mentores das equipes”, disse Loyola.
“Mesmo as equipes não vencedoras apresentaram projetos com grande potencial para transformação em negócios viáveis”, afirmou o coordenador do evento, Gilson Martins, durante a cerimônia de encerramento.
Para o docente da Universidade Federal do Paraná (UFPR), “os estudantes não devem desistir das ideias e seguir com o desenvolvimento de projetos para incubação, seja dentro da universidade ou na parceria com entidades públicas e privadas”.
Colaboradores
A organização do evento envolveu pelo menos 40 colaboradores do Centro de Economia Aplicada, Cooperação e Inovação no Agronegócio (CEA) da UFPR – Campus Curitiba, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e de organizações parceiras.
Cerca de 35 profissionais de empresas de tecnologia, seguradoras, universidades e entidades setoriais prestaram mentoria aos estudantes. “A presença de mentores é uma ajuda fundamental aos maratonistas, que têm um prazo muito curto para se inteirar de conhecimentos bastante específicos”, disse o professor Cleverson Cunha, da agência de Inovação da UFPR.
Experiência
Uma das novidades do Agrohackathon foi a realização de uma imersão de campo. Na ocasião, os 62 competidores visitaram propriedades de dois associados da cooperativa Castrolanda, no município de Castro, onde puderam aprender sobre o uso e as necessidades da alta tecnologia na produção.
O objetivo foi oferecer aos estudantes uma oportunidade de entendimento sobre a fronteira do uso tecnológico na produção rural, para incentivar a elaboração de soluções que podem ser disseminadas ao maior número possível de produtores (escalabilidade), que é um dos objetivos da inovação.
“A realização de visitas técnicas é um método pouco explorado nos hackathons, mas tem um potencial enorme para sensibilizar os participantes para os problemas práticos”, explicou o professor Martins.
Apoios
O Agrohackathon contou com o apoio do Mapa, Sistema FAEP/Senar, Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência de Inovação da UFPR, Cooperativa Castrolanda, Positivo Tecnologia e UniFM. As seguradoras BB Seguros, da Fairfax e da Markel, que recentemente passou a atuar com o nome Newe, também prestaram apoio ao evento.
SNA