O recorde de valorização foi primeiramente alcançado em janeiro e desde então tem sido renovado mês após mês. Os pesquisadores do Cepea explicam que essa forte valorização está principalmente relacionada à escassez de oferta durante a entressafra, afetando também outras variedades, tanto as tardias quanto as precoces, que também estão com volumes controlados.
Durante toda a temporada 2023/24, a demanda industrial elevada tem restringido ainda mais a disponibilidade de frutas no mercado interno. Isso resultou em um cenário atípico, onde, ao contrário do esperado declínio de preços com o início da colheita das laranjas precoces entre março e abril, a oferta limitada tem evitado desvalorizações significativas.
Ainda de acordo com os dados do Cepea, a previsão é de que os preços continuarão elevados pelo menos ao longo de março, devido ao lento crescimento na oferta de laranjas precoces no spot paulista. No entanto, há expectativas pouco otimistas para a safra 2024/25, com um consenso geral de que a produção será menor em comparação ao ano atual. Os desafios enfrentados pelos citricultores no segundo semestre de 2023, incluindo problemas com doenças como o greening e as ondas de calor associadas ao El Niño, tendem a dificultar uma colheita robusta neste ano.