A engenheira agrônoma Thamiris Bandoni Pereira, da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), elaborou um pequeno relatório sobre a aplicação e a atuação dos elementos boro e zinco nas plantas de café.
O primeiro está relacionado à reprodução das plantas e à germinação do pólen, além de estar envolvido com a translocação de açúcares, atuando no transporte das folhas para os órgãos das plantas. O zinco, por sua vez, atua como catalisador na formação do triptofano, precursor do ácido indol acético, hormônio responsável pelo crescimento meristemático, influindo, portanto, no crescimento da parte aérea do cafeeiro.
O boro ainda atua na divisão, maturação e na diferenciação celular, além da síntese de celulose e lignina, conferindo maior tolerância do cafeeiro às pragas e doenças. O elemento ainda está diretamente envolvido com o metabolismo do cálcio, atuando na formação da parede celular. A deficiência de boro resulta na morte da gema apical, provocando superbrotamento.
“A aplicação do boro via solo é a mais eficiente e duradoura, mantendo, normalmente, níveis foliares adequados por 18 meses”, informa o relatório. A dose indicada em cafezais adultos, é de 2 a 6 kg de boro por hectare, de fontes usuais como ácido bórico, bórax e ulexita, com doses menores em solos mais leves.
A deficiência de zinco encurta os internódios na extremidade dos ramos, que acabam morrendo. As plantas vão ficando cinturadas, as conhecidas plantas de pescoço pelado. A falta do nutriente também provoca a redução no tamanho dos frutos. As folhas de plantas carentes em zinco se apresentam pequenas e afiladas
A pulverização na folhagem é a forma eficiente para suprir a necessidade de zinco, mas a aplicação via solo na dosagem de até 6 kg por hectare, por ano, também é muito utilizada.
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