As principais culturas produzidas são batata, mandioca, repolho, tomate, alface, cebola, cenoura e beterraba. Esses oito alimentos representam 73% do total produzido da olericultura paranaense que, em 2017, registrou um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 3,29 bilhões, ou 3,39% do VBP do Estado.
O bom desempenho das culturas, segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, se deve a vários fatores, como organização dos produtores, investimento em novas tecnologias de manejo e apoio do Governo do Estado. “Damos assistência técnica aos 399 municípios paranaenses, acompanhando o agricultor em suas demandas, na escolha de produtos e nos cuidados com o solo”, afirmou Salvador.
ASSISTÊNCIA – Parte desse apoio do Estado é prestado pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) por meio do Projeto Olericultura, que tem como metas organizar a produção e os produtores de hortaliças; incentivar o cultivo de alimentos seguros, sem agrotóxicos; promover a geração de renda para agricultores; e colaborar com a comercialização dos produtos por meio de pesquisa de mercado e canais de comercialização.
Quase 15 mil produtores rurais são atendidos pelo projeto no Estado. “A nossa expectativa com esse trabalho é grande, porque estamos produzindo alimentos cada vez mais limpos e com menor impacto ambiental possível, gerando ainda mais renda para o agricultor”, disse o coordenador de olericultura do regional de Curitiba, João de Ribeiro Reis Junior.
Ele ressaltou, também, que outra frente do projeto é incentivar o Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH), uma técnica que minimiza os processos erosivos do solo. “Com esse método, conseguimos recuperar a fertilidade da terra utilizando práticas conservacionistas, como terraceamento, curvas de nível, rotação de cultura e uso de plantas de cobertura como adubos verde que, ao se decomporem, fornecem de forma natural nutrientes para o solo”, disse.
PARCERIA - O produtor Bruno Schules, 32, de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), é um dos agricultores que trabalham com olericultura no Estado e recebem atendimento da Emater. Ele planta alface americano, alface roxa e couve-flor em sua propriedade de um alqueire. Por semana, são produzidas 300 caixas de alface e 30 de couve-flor.
Em parceria com os técnicos do município, Schules está desenvolvendo um novo projeto de plantio direto para a sua propriedade, onde vive com sua esposa e duas filhas pequenas. Hoje, ele utiliza o plantio na palha, uma técnica que consiste em colocar palha no solo e fazer o plantio em cima dela. “Com a implantação do plantio direto proposto pela Emater, vamos conseguir conservar ainda mais o solo Será possível plantar por 10 ou 12 anos sem a necessidade de revolvê-lo”, disse. “Sempre que precisamos do apoio e auxílio dos técnicos da entidade eles estão disponíveis para nos ajudar”, acrescentou.
ABRANGÊNCIA – A área cultivada com hortaliças no Paraná gira em torno de 123,5 mil hectares. As regiões Sul e Norte do Paraná são os principais polos do Estado. O volume produzido no Sul foi 2,11 milhões de toneladas (63% do total paranaense), seguido pelo Norte, com 652,7 mil toneladas (26%).
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Paraná é o terceiro maior produtor de batatas do Brasil
O Paraná produziu 790,8 mil toneladas de batatas em 2018, ou 20% da produção nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso coloca o Estado como o terceiro maior produtor do país, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo, que respondem por 32% e 23% da produção, respectivamente.
A produção paranaense do tubérculo, que é umas das principais hortaliças cultivadas no Estado, é dividida em duas safras ao longo do ano. A primeira, conhecida como safra das águas, é cultivada na primeira e no verão, e a segunda ganha os campos no outono e no inverno.
No Paraná, o cultivo da espécie se concentra basicamente nos núcleos regionais de Curitiba (30%), Guarapuava (27%), Ponta Grossa (16%), União da Vitória (10%), Irati (7%) e Pato Branco (7%). Essas seis regiões produzem aproximadamente 96% do total de batatas paranaenses.
(Assessoria)