A atuação do Brasil na COP 25 se concentrou em pedir recursos dos países ricos para preservação no Brasil. Mas, nos últimos dias do evento, o país também protagonizou um impasse sobre artigos que tratavam da participação dos oceanos e o uso da terra nas mudanças climáticas.
Em entrevista à GloboNews, o ministro Ricardo Salles disse que o objetivo do Brasil é "não desviar o foco" das emissões provocadas pela queima de combustíveis fósseis das maiores economias do mundo.
"É importante o Brasil deixar claro que o problema das emissões de gases são os combustíveis fósseis. E, portanto, tem que deixar clara a tentativa de disfarçar a discussão dos combustíveis fósseis, afastar e logar para outros temas", declarou.
"Nós temos o etanol, que é um produto exemplar para todo mundo, como biomassa renovável. Não queremos tirar o foco do grande problema de emissões, que é o combustível fóssil." – Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente
No Brasil, o desmatamento é a principal fonte de emissões de gases causadores do efeito estufa, mas, no mundo, a queima de combustíveis fósseis, como gás e derivados de petróleo, é o motivo de maiores emissões.
Salles criticou, ainda, "um protecionismo muito forte dos países ricos" durante os debates da COP 25, "para não abrir seus mercados de carbono para os países em desenvolvimento".
Por causa da falta de acordo sobre o mercado de carbono, cuja regulamentação ficou adiada para a próxima edição da COP, em 2020, na Escócia, "o Brasil e outros países que poderiam fornecer créditos de carbono em razão de suas boas práticas ambientais saíram perdendo", disse, na rede social.
G1