Em 2010 receita das lavouras de café arábica atingiu R$ 25,71 bilhões e para 2019 estima-se R$ 15,71 bilhões

Segunda principal cultura da região, o algodão, iniciará a colheita na última semana de maio

Entidade apresentou solicitação ao Ministério de Minas e Energia

Trabalhadores rurais estão expostos a diversos agentes físicos, químicos e biológicos

Na última safra cinco experimentos foram conduzidos por meio do curso de Agronomia

Adaptação é maior do que se imaginava

Muitas vezes nos deparamos, no campo, com folhas de cafeeiros danificadas, com uma espécie de raspagem superficial do limbo foliar e ficamos sem saber qual seria a causa desse sintoma. Porém, depois de observar a ocorrência em três lavouras, em diferentes regiões cafeeiras, foi possível associar esta raspagem ao ataque da lagarta aranha.

Na folha do cafeeiro a lagarta aranha (acima) provoca raspaduras no limbo foliar (observar na foto), diferentemente de outras lagartas, que, literalmente, comem as folhas, fazendo buracos nelas. Botelhos-MG, jan/19

Com o nome científico de Phobetron hipparchia, a lagarta aranha, é a forma jovem de uma mariposa da ordem Lepidoptera, família Limacodidae. Ela tem corpo achatado e apresenta extensões como pernas ou braços. Possui pelos que não são venenosos, porém podem causar uma reação alérgica ao toque. Tem falsas pernas curtas, como ventosas. Ela não tem uma coloração predominante, podendo assumir tons mais claros, como amarelados, até mais escuros, como vinho.

A lagarta tem o nome de aranha, pois parece com aquele aracnídeo. Ela ataca folhas de diversas árvores frutíferas, o que inclui o cafeeiro.

A lagarta aranha não tem uma coloração predominante, podendo assumir tons mais claros, como amarelados, até mais escuros, como vinho ( 3 fotos). No final a mariposa, o adulto da lagarta aranha

Por sinal, a planta de café é atacada por diversas lagartas, começando pela do bicho mineiro, que destrói o interior das folhas, formando minas. As que comem as folhas são menos frequentes, sendo as mais comuns a lagarta mede-palmos (Oxidia), a lagarta Eacles e a lagarta fogo. O desequilíbrio, seja por estiagem, seja por uso de defensivos, é uma causa de aumento do ataque de lagartas e seu controle, quando em ataques significativos, pode ser feito com o uso de inseticidas específicos, químicos ou biológicos (Bacillus).

Fonte: Café Point.

Lygia Pimentel, da Agrifatto, explica que previsão não é definitiva, mas ela acredita em um aumento “tímido”