Sabemos que nem sempre um cocho cheio significa que há alimentos de qualidade. A maioria dos produtores faz análises para certificar os níveis de garantia de cada nutriente. A olho nu, a única coisa que podemos identificar é o FDF e o restante, só em laboratório.
A fibra analisamos por meio do FDN (fibra em detergente neutro), mas não adianta um FDN excelente se não tiver o FDF. É comum ver uma indicação de proteína entre 15 e 17, mas se o FDF não for 100, não tem resultado.
Produzindo leite desde 1998, acompanhei várias mudanças no setor e no perfil dos produtores, inclusive no meu. Errei bastante e deixei as vacas sofrendo por não saber da necessidade do FDF.
Considero um marco de mudança na propriedade o dia em que implantei o FDF, depois disso prometi para minhas vacas que eu não deixaria mais elas sem FDF na dieta.
Infelizmente hoje ainda vejo muitas vacas passando fome no Brasil, algumas passam fome por falta de volume de alimento e outras, fome por falta de qualidade do alimento.
O problema mais preocupante proveniente da má qualidade da dieta é o reprodutivo. O único ser vivo que se reproduz passando fome é o ser humano, as vacas precisam estar bem alimentadas com FDF sempre.
Costumo dizer que o produtor de leite é o único empresário que deixa faltar matéria-prima na sua fábrica, isso, quando ele deixa faltar alimento, que é a matéria-prima para a vaca produzir leite.
Precisamos urgentemente mudar essa realidade e quando todas as vacas chegarem ao FDF os produtores terão maior lucro e satisfação.
FDF é o ‘Fim da fome’.
Enquanto não tiver o ‘Fim da fome’ para nossas vacas, não haverá produção e nem lucro.
Fonte: Milk Point.
