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"Contribuindo com os negócios, inteligência artificial já tem resultados reais no Brasil" Destaque

Escrito por  Ago 28, 2019

A inteligência artificial (por vezes mencionada pela sigla em português IA ou pela sigla em inglês AI - artificial intelligence) é a inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software, além de também ser um campo de estudo acadêmico. Os principais pesquisadores e livros didáticos definem o campo como "o estudo e projeto de agentes inteligentes", onde um agente inteligente é um sistema que percebe seu ambiente e toma atitudes que maximizam suas chances de sucesso.

Alguns pesquisadores definem a IA como “uma capacidade do sistema para interpretar corretamente dados externos, aprender a partir desses dados e utilizar essas aprendizagens para atingir objetivos e tarefas específicos através de adaptação flexível”.

De uma maneira bastante resumida, o principal objetivo dos sistemas de IA, é executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. É um conceito amplo, e que recebe tantas definições quanto damos significados diferentes à palavra inteligência.

Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de forma que no futuro agirá de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano).

Segundo José Anibal Ferreira, Professor da Pós-graduação da ESPM, a IA pode ser aplicada em todas as indústrias e todos os processos de negócios. “Atualmente a área financeira, de serviços e consumer products são os mais usados, além dos processos de supply chain e experiências do consumidor”. Quando questionado pela Equipe MilkPoint sobre como ele vem enxergando a evolução da tecnologia na Brasil, ele disse que com o mundo globalizado, o delay entre países é muito pequeno, coisa de meses.

Profissional há 40 anos em tecnologia da informação, em empresas como IBM, Bradesco, Itaú, LloydsBank, Gerdau Serviços de Informática e sócio fundador da JA Informática, José é conselheiro de startups e investidores em negócios digitais. Além de ser Professor da Pós-graduação da ESPM, ele coordena os cursos de Pós-graduação Big Data e Inteligência de Marketing presencial e MBA de Big Data na Gestão de Marketing no ensino a distância. Também, é mestre em administração pela PUC-SP, com especialidades na USP, FGV, FIA e Northwestern US e doutorando em Harvard.

No Dairy Vision 2019, evento que ocorrerá nos dias 26 e 27 de novembro em Campinas/SP, ele será um dos palestrantes e abordará o seguinte tema: “Como conquistar clientes ‘In’ através da inteligência artificial – resultados reais”.

E no setor de alimentação? Como a IA pode ser aplicada?

Para o professor, no setor alimentício a IA tem o principal desafio de conhecer os consumidores e ao mesmo tempo co-participar com os distribuidores. “Nesse caso, inclusive, a IA se torna uma ferramenta que contribui consideravelmente para os negócios”.

Ele citou como exemplo a chilena The Not Company, que foi criada há quatro anos pelo economista Matías Muchnick, pelo cientista da computação Karim Pichara e pelo especialista em biotecnologia Pablo Zamora. Os empreendedores desenvolveram um algoritmo próprio, dotado de inteligência artificial, capaz de combinar diversos produtos à base de plantas para gerar sabor, consistência e textura iguais aos produtos de origem animal.

A NotCo, como é mais conhecida, obteve um investimento de 30 milhões de dólares de nomes como Jeff Bezos no início de março deste ano. O criador do comércio eletrônico Amazon possui uma fortuna de 131 bilhões de dólares, segundo a revista Forbes. Seu capital será usado para o desenvolvimento de produtos e para a expansão da startup chilena pela América Latina e pelos Estados Unidos.

Basicamente, eles anunciam produzir uma maionese que não é maionese; um leite que não é leite; um sorvete que não é sorvete; um queijo que não é queijo; e um hambúrguer que não é hambúrguer. A marca já chegou no Brasil e alguns produtos já podem ser encontrados em algumas unidades do Pão de Açúcar.

Sobre os desafios para a implementação da IA, José Anibal comentou que o principal é não saber por onde começar e qual é o potencial da ferramenta. “Com relação à resistência das empresas e dos consumidores, não enxergo nenhuma, pelo contrário, a adoção é muito rápida principalmente para os consumidores conectados. A verdade é que não há mais escapatória: a IA já tem resultados reais no Brasil. Será que você não deveria começar a utilizá-la mesmo que em um primeiro projeto?”, finalizou.

MILK POINT

Última modificação em Quarta, 28 Agosto 2019 14:01
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