David Behrends, presidente da Farmer Connect, disse em um comunicado que o objetivo é humanizar o relacionamento de cada consumidor com sua xícara diária. Segundo ele, os consumidores agora podem desempenhar um papel ativo na governança da sustentabilidade, apoiando os cafeicultores nos países em desenvolvimento.
Baseado na IBM Food Trust, o app monitora a cadeia de suprimentos de café em suas várias etapas, incluindo colheita, processamento, embalagem, expedição, exportação, importação, mistura e torrefação. Hoje, os consumidores da bebida consomem mais de meio trilhão de xícaras de café por ano, e até dois terços dos consumidores entre 19 e 24 anos pesquisados dizem que preferem comprar café cultivado de forma sustentável e com origem responsável.
Apesar disso, a grande cadeia cafeeira dificulta o rastreamento do café. Uma vez cultivado, o grão faz várias paradas, como em cooperativas, exportadores, importadores, torrefações, distribuidores e varejistas, até chegar ao consumidor final. Cada participante desse processo rastreia apenas seu pequeno segmento e cada um usa seu próprio sistema. Isso significa que as informações sobre o produto estão fragmentadas.
Dezenas de empresas já se uniram ao projeto. “O blockchain é mais do que uma tecnologia comercial aspiracional, é usado hoje para transformar o jeito de como as pessoas podem construir confiança nos bens que consomem”, disse Raj Rao, gerente geral do IBM Food Trust, em um comunicado à imprensa.
Com data de lançamento prevista para o início desse ano, o aplicativo usará um mapa interativo para contar a história de cada grão e, à medida que for ganhando popularidade, pequenas e grandes empresas poderão ser convidadas a participar. Com a ferramenta, os consumidores esperam diminuir a distância entre o barista do bairro e o agricultor que cultivou seu café.
VentureBeat/ CAFÉPOINT
