Segundo ele, frente à demanda global de grãos, de carnes e energias renováveis, “o Brasil tem um cenário muito construtivo para os próximos 20 anos”.
Fava ressaltou que o País conta agora com “uma agenda imensa pela frente, no sentido de integrar os sistemas produtivos para uma agricultura 6.0, sendo aquela que mais utiliza fontes renováveis na produção”.
Para o especialista, os esforços para a integração do etanol de milho com usinas de cana e confinamento; a implementação dos sistemas de lavoura-pecuária-floresta; a utilização de bioinsumos; a substituição de produtos mais tóxicos por moléculas mais novas, entre outras iniciativas, fazem parte de “uma grande pauta para que o agro continue avançando com a chancela ambiental do governo.”
O diretor da SNA lembrou ainda que a agricultura brasileira tem um dos maiores índices de sustentabilidade do planeta, considerando fatores como energias renováveis, eletricidade, preservação de áreas, Código Florestal, etc.
“Não há outro país no mundo com essa chance como o Brasil, então temos de aproveitar essa oportunidade”, destacou Fava, que também se mostrou preocupado com as medidas que eventualmente o novo governo brasileiro poderá adotar para o setor.
Aposta
Na opinião do especialista, o novo governo precisa apostar no agronegócio e “governar para todos, evitando retrocessos que impeçam a contínua capacidade de geração de renda do agro brasileiro”.
“Sem geração de renda não teremos distribuição sustentável de renda, e é isso o que todo mundo quer, ou seja, políticas de inclusão, melhoria das condições de emprego, etc. Mas para isso é preciso ter caixa.”
Caso contrário, complementou o diretor da SNA, “haverá dificuldades para investimentos, licenciamento ambiental, sem deixar de considerar outros problemas como invasões de terras produtivas e possíveis tentativas de mudar a política tributária para diminuir nossa competitividade”.
Potencial
Fava destacou ainda que o agro é um setor que, além de ter consolidado as exportações de soja, registra, a cada ano, um considerável aumento na oferta de produtos como milho e algodão, ampliando também seu espaço na fruticultura e a horticultura.
“Precisamos trabalhar o trigo, o setor lácteo, inserir produtos com denominação de origem, desenvolver cafés especiais. Essa agenda de valor agregado está somente começando”, disse o diretor da SNA.
“Com as mídias sociais e os marketplaces, as possibilidades nessas áreas aumentaram muito. Com novos produtos, o mercado mundial fica na expectativa de uma presença maior do Brasil”, complementou Fava, acrescentando que o País precisa consolidar, cada vez mais, sua posição de grande fornecedor sustentável de alimentos para o mundo.
Fontes: Doutor Agro/Notícias Agrícolas
Equipe SNA