Segundo dados divulgados no último dia6, a produção de máquinas agrícolas deve subir 14% neste ano no país, para 60,4 mil unidades. O número anterior apontava produção de 59,4 mil unidades.
A projeção de maior produção decorre da expectativa de alta na demanda por máquinas agrícolas no mercado interno. Segundo a Anfavea, as vendas no país devem somar 45,4 mil unidades neste ano, alta de 7% em relação a 2017. A previsão anterior era de que 44 mil unidades seriam comercializadas, 3,7% mais que no ano passado.
“Embora no acumulado do ano os números ainda estejam negativos, estamos vindo num viés muito bom de crescimento”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a jornalistas. Segundo ele, em julho, “no mais tardar em agosto”, o acumulado de vendas passará para o positivo.
“Só temos boas notícias. A China efetivou a taxação da soja americana em 25% e temos uma demanda global forte”, disse o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto. A medida tem potencial para elevar as vendas externas brasileiras de soja e de algodão, que também foi sobretaxado pela China.
Mas a Anfavea reduziu as projeções para as exportações de máquinas agrícolas este ano. O motivo é que a Argentina, principal destino das máquinas exportadas pelo Brasil, enfrenta quebra em sua safra de grãos, o que afetou a renda dos produtores locais. Com isso, a entidade projeta que as vendas externas brasileiras de máquinas devam somar 15 mil unidades este ano, 7% mais que em 2017. A previsão anterior era que alcançassem 15,4 mil unidades, 9,9% acima do ano anterior.
Mesmo revendo para baixo a estimativa para exportação, a Anfavea manteve a projeção para a receita com as vendas externas em US$ 16,7 bilhões, alta anual de 5,4%
No primeiro semestre do ano, as vendas domésticas recuaram 2,3% ante igual período de 2017, para 19,9 mil unidades. Segundo a Anfavea, as exportações subiram 2,1%, para 6,1 mil unidades enquanto a produção caiu 2,4%, para 27,2 mil unidades.
Fonte: Valor Econômico.