No documento “International Food Security Assessment, 2019-2029”, o ERS projeta que a parcela da população com insegurança alimentar cairá para 9,20% em 2029, a partir de um resultado de 19,30% verificado em 2019, e prevê que o número de pessoas com insegurança alimentar irá diminuir para 45%, chegando a 399 milhões, de um total de 782 milhões.
O ERS também informa que a lacuna alimentar, ou seja, a quantidade de alimentos necessária para permitir que todas as pessoas com insegurança alimentar atinjam a meta calórica de 2.100 calorias por pessoa por dia, deverá cair para 21.9 milhões de toneladas, de um total de 33.5 milhões de toneladas.
As descobertas do ERS são baseadas nos resultados de seu modelo de Avaliação Internacional de Segurança Alimentar, que a agência descreve como “um quadro orientado pela demanda que inclui informações sobre preços domésticos e capacidade de resposta do consumidor a mudanças nos preços e rendimentos”.
O relatório avaliou indicadores de segurança alimentar para 76 países de baixa e média renda agrupados em quatro regiões: África subsaariana (39 países), norte da África (4), América Latina e Caribe (11) e Ásia (22).
O ERS informou ainda que, neste ano, mais de 50% das populações (em 14 dos 76 países examinados) estão em situação de insegurança alimentar. O Haiti foi considerado o país com maior insegurança alimentar no hemisfério ocidental – característica que abrange 47% de sua população, segundo os dados da agência de pesquisa do USDA.
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