Um ranking divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostrou que o Brasil está na 44ª posição relacionada ao uso de defensivos agrícolas, ficando atrás de muitos países da Europa. Nesse cenário, o consumo relativo no país foi de 4,31 quilos de defensivos por hectare cultivado em 2016.
Em comparação com os países europeus, o Brasil fica atrás de Países Baixos (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha), Itália (6,66 kg/ha), Montenegro (6,43 kg/ha), Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha), Suíça (5,07 kg/ha) e Eslovênia (4,86 kg/ha). Isso porque todos esses países utilizam mais defensivos por hectares do que o nosso.
“Há todo um trabalho de controle que é exercido pelo setor privado e um trabalho de verificação muito bem feito que é exercido pelo governo no sentido de atender a essas legislações internacionais e também muitas vezes atender a determinadas exigências de alguns países importadores que às vezes estabelecem limites mais restritivos que as legislações internacionais e o nosso país atende isso de uma maneira muito profissional e dando a segurança necessária para os consumidores.”, diz o presidente da Comissão Codex Alimentarius, Guilherme Costa, que também é adido agrícola do Brasil junto à União Europeia, em Bruxelas.
No Brasil, esse consumo de defensivos agrícolas é motivado por alguns fatores importantes, como o fato de existirem de duas ou três safras ao ano, quando levados em consideração os cultivos de inverno e a safrinha. Como não há quebra do ciclo de produção em função das condições tropicais da agricultura brasileira, as pragas não morrem com o frio, sendo necessário o uso de pesticidas e praguicidas.
Fonte: Agrolink.