Gado de corte: nutrição aliada a reprodução! Destaque

Escrito por  Jun 19, 2019

Sabemos que obter bons índices de desempenho reprodutivo do rebanho de gado de corte é o sonho de todo pecuarista. As biotecnologias reprodutivas são importantes aliadas para conquistar resultados positivos. Porém, não podemos esquecer o quanto a nutrição tem influência direta na eficiência produtiva e reprodutiva do rebanho.

Ao contrário do que muitos pensam, tanto a subalimentação quanto a superalimentação são prejudiciais para o rebanho bovino. Em muitos casos a baixa eficiência reprodutiva está diretamente relacionada a uma queda na produtividade e qualidade da pastagem fornecida aos animais. Durante a prenhez a nutrição da mãe tem papel fundamental no desenvolvimento fetal e placentário.

Mesmo sabendo da importância de um manejo alimentar adequado ao rebanho, muitos produtores ainda têm dificuldades de aliar a nutrição com a reprodução. Você é um destes? Então acompanhe a leitura com a gente até o final e saiba como melhorar a eficiência reprodutiva do seu rebanho por meio da nutrição. Boa leitura!
Efeitos da má nutrição em gado de corte

O manejo nutricional de gado de corte é considerado por muitos especialistas com um dos principais responsáveis por bons índices reprodutivos do rebanho. Porém, existe uma certa complexidade em aliar nutrição e reprodução.

Assim como nós seres humanos o organismo dos animais trabalha de forma muito inteligente. Quando submetidos a situações de manejo alimentar deficiente, o metabolismo destes animais prioriza a destinação dos nutrientes para a manutenção das funções vitais. Desta forma ocorre o comprometimento das funções produtivas e reprodutivas. Além disso, a falta de energia compromete a fertilidade gerando impactos na:

    Qualidade ovocitária;

    Número de folículos;

    Qualidade embrionária;

    Ciclicidade dos animais;

    Concentração de hormônios circulantes;

    Viabilidade dos embriões produzidos in vitro.

Além dos impactos citados acima, a supernutrição dos machos também gera consequências negativas. Quando obesos, eles têm menor libido e a sua capacidade de saltar e fertilizar a fêmea também pode ser impactada. Isso sem contar os riscos de acidentes durante a estação de monta, tanto para o animal reprodutor, quanto para a fêmea.

Termômetro do manejo nutricional

A melhor maneira de saber se a nutrição das vacas está sendo feita de maneira correta é por meio de medições. Uma boa medida de avaliação é o escore de condição corporal (ECC). Fêmeas que recebem alimentação adequada e possuem bom ECC, consequentemente apresentam bons índices reprodutivos. Além disso, costumam ter boas condições ao parto, retornando ao cio mais rapidamente e com maiores taxas de concepção.

Para medição do ECC existem diferentes sistemas de classificação em bovinos. Em uma delas os animais são divididos em três diferentes Categorias: magra, média e gorda. Dentro deste grupo ocorre outra subdivisão de categorias onde são atribuídas notas a elas.

Outro sistema muito utilizado é o de notas, são definidas e identificadas certas características no gado de corte e atribuídas notas que variam de 1 a 9. Vacas que estão muito magras e desnutridas são classificadas com nota 1. As de escore moderado recebem nota 5 e 9 para as que apresentam gordura excessiva.

O ideal é que vacas ao parto se encontrem dentro do escore corporal 4. Desta forma será possível que o animal faço uso de boa parte de suas reservas corporais destinadas a produção de leite e ainda apresenta boas condições no momento da concepção.
Fatores que devem ser priorizados no manejo nutricional

Para início de conversa é muito importante entender que em cada uma das etapas de vida do animal são necessários certos tipos de cuidados e nutrientes. Em boa parte das fazendas de gado de corte brasileiras a nutrição é feita com bases nas pastagens aliadas a suplementação de vitaminas e sais minerais.

A suplementação a pasto durante o período pré-parto costuma coincidir com a época de seca. Desta forma, é preciso haver um bom planejamento da área da propriedade com áreas de pasto diferido. E mais, a decisão sobre qual estratégia adotar na alimentação é baseada na condição corporal do grupo de animal em questão.

Outro ponto importante é que os touros reprodutores apresentam necessidades nutricionais diferente das vacas. Eles precisam de atenção especial desde a fase de desmama, focando no seu desenvolvimento corporal e dos órgãos reprodutores. Cometer erros na nutrição dos animais em fase de cria costumam levar a erros no desenvolvimento testicular e causar diminuição espermática em até 15%.

Ao contrário do que muitos produtores pensam, os animais que estão fora da estação de monta também precisam receber alimentação balanceada. Uma boa estratégia é suplementação dos animais no período de seca após a desmama. Outra estratégia que oferece bons resultados é o uso do creep-feeding.

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Revista Agropecuária

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