A Puna Bio da Argentina arrecadou US$ 3,7 para viabilizar o TS em soja na Argentina, além de expandir os testes de campo para as culturas do trigo e milho. Logo a seguir serão iniciados os processos regulatórios nos Estados Unidos e no Brasil.
O CEO e cofundador da Puna Bio, Franco Martínez Levis, explicou ao portal especializado AgFunder que essas bactérias já são usadas no campo da saúde, como o teste de PCR usado para Covid-19, que usa uma enzima que vem de um extremófilo. Alguns desses microrganismos são resistentes ao calor ou ao frio, outros podem sobreviver em condições muito ácidas e outros podem lidar com seca ou alta radiação UV, entre outras adversidades.
A equipe fundadora da Puna Bio estuda extremófilos há mais de 20 anos na Puna de Atacama dos Andes (“La Puna”), um deserto de alta altitude. A empresa diz que organismos com 3,5 bilhões de anos “não apenas sobreviveram, mas prosperaram”. Os especialistas inserem esses extremófilos em um produto líquido estável – o qual pode ser aplicado para aumentar a absorção de nitrogênio e até solubilizar fosfato para torná-lo mais disponível para as plantas.
DESAFIO REGULATÓRIO
“Em termos do aspecto regulatório, não só com extremófilos, mas em geral para trabalhar com biodiversidade, e em particular com espécies menos estudadas, é fundamental ter uma documentação precisa sobre a origem da descoberta e conformidade regulatória para poder usar o resultados (seja a bactéria, um gene ou um metabólito interessante) tanto para pesquisa quanto para fins comerciais”, diz Levis.
“É por isso que é fundamental estabelecermos relacionamentos com governos e instituições de pesquisa com antecedência para ter controle total de nossa coleção de extremófilos”, completa. Ele diz que a empresa atualmente tem uma coleção de mais de 500 cepas e planeja continuar aumentando esse número.
Fonte: Agrolink