“Esses fatores fizeram com que as unidades de produção aumentassem a destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol nesta safra”, explicou o representante da Conab, que divulgou os dados do 4º levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2018/2019, nesta terça-feira.
Segundo o estudo, o Brasil deve alcançar uma produção total de 33,14 bilhões de litros de etanol, o que representa aumento de 21,7% (5,9 bilhões de litros) em relação ao período passado. O recorde anterior foi de 30,5 bilhões na safra de 2015/16.
O recorde na produção do etanol ocorreu apesar da queda de 2% na safra da cana, que foi de 620,4 milhões de toneladas. A produção de açúcar atingiu 29,04 milhões de toneladas, um decréscimo de 23,3% (8,8 milhões de toneladas), se comparado à temporada passada. A área colhida ficou em 8,59 milhões de hectares, uma diminuição de 1,6% se comparada a 2017/18.
Também foi registrado, segundo o levantamento, recorde para a quantidade de etanol hidratado produzido, com 23,58 bilhões de litros, alta de 45,2% (7,3 bilhões de litros) na comparação com o período anterior. O maior volume do hidratado até então alcançado havia sido de 19,6 bilhões de litros, na safra 10/11.
Volume de anidro produzido tem queda
O estudo mostra também que houve redução com relação ao anidro, que é utilizado na mistura com a gasolina. A produção ficou em 9,56 bilhões de litros, 13,1% a menos que no período antecedente.
A pesquisa realizada em campo, que permitiu a coleta de dados por parte dos técnicos da Conab para este estudo, servirá também para a divulgação do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2019/2020. “A cana-de-açúcar é uma cultura semi-perene, não é necessário que seja feita toda a sua colheita para que haja um replantio”, explica Cleverton. “Isso nos permite aproveitar a viagem a campo para realizar duas pesquisas distintas: uma de fechamento da safra atual e outra de estimativas para o início da próxima”, acrescentou o superintendente.
Fonte: SNA.
