Os cientistas acrescentaram dois genes estratégicos aos machos dessa mariposa. Uma delas causa a morte de larvas femininas quando eclodem. As mariposas machos que sobrevivem a essa primeira ofensiva, acasalam-se com fêmeas selvagens e todas as crias dessas ninhadas também morrem. Os machos sobreviventes procuram novas fêmeas selvagens e seus filhos também morrem.
Dessa maneira, a mariposa fica presa em um circuito mortal que diminui gradualmente as pragas. Só é necessário liberar mais machos geneticamente modificados para que a colônia desses insetos deixe de ser um problema para a agricultura em muito pouco tempo. Os cientistas já testaram esse sistema com sucesso no estado de Nova York e os resultados são promissores para o controle de pragas desses insetos.
Os pesquisadores liberaram borboletas geneticamente modificadas seis vezes, entre 1.000 e 2.500 insetos por vez. E descobriram que os machos sobreviveram e se comportaram da mesma maneira que as mariposas selvagens: eles viajaram a mesma distância e viveram o mesmo tempo que as mariposas não modificadas.
A liberação progressiva de machos geneticamente modificados acaba exterminando a praga desses insetos, sem o uso de inseticidas e de maneira limpa e sustentável, apontam os pesquisadores. O resultado desta pesquisa é promissor para abordar o tratamento de pragas de outros insetos, que afetam culturas mais importantes do que aquelas prejudicadas pela chamada traça do repolho.
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