O Sindag participa, desde 2019, do processo de normatização dos drones pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), junto à fiscais federais e outros especialistas do setor. No momento, o departamento jurídico do Mapa analisa a IN, que deverá incluir os veículos com até 25 quilos – Classe III, na regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As demais categorias – Classe I, Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs) com mais de 150 quilos, e Classe II, acima de 25 e até 150 quilos, continuarão seguindo a IN 02, de 2008, que dita as regras para aviões e helicópteros agrícolas. Além disso, todos os operadores de drones de pulverização (pessoas físicas ou jurídicas) deverão ter registro junto ao Mapa.
Alguns itens da IN 02 continuarão valendo também para os drones menores. É o caso, por exemplo, da exigência de um engenheiro agrônomo responsável pelas operações e um técnico agrícola com curso de executor em aviação agrícola que acompanha as missões em campo.
“Os operadores de drones também terão de fazer relatórios técnicos de cada operação, assim como ocorre com os aviões agrícolas. Esses relatórios deverão ser guardados por no mínimo dois anos à disposição de eventuais fiscalizações”, disse Silva.
“Percebemos os drones como uma ferramenta com potencial muito grande para aumento da capacidade operacional e até diversificação das operações das próprias empresas aero agrícolas. Tanto que, em 2017 o Sindag se tornou a primeira entidade aero agrícola no mundo a ter uma empresa de drones em seu quadro de associadas”.
Silva afirmou que, apesar da baixa capacidade de carga, os aparelhos remotos são bastante úteis no trato das lavouras. Ele citou como exemplo as ações de arremates em pulverizações feitas em áreas maiores, mas com alguns pontos ambientalmente sensíveis ou com obstáculos para o uso de aviões.
O presidente do Sindag destacou ainda outra funcionalidade dos drones – a geração de imagens multiespectrais. “Por enquanto, é o grande nicho desses veículos na agricultura”, disse.
“Tanto para gerar diagnósticos, indicando pontos onde é preciso haver uma intervenção pontual com nutrientes, para eliminar pragas, entre outros serviços, como a contagem de plantas sadias para a obtenção de uma estimativa precisa de safra, importante, por exemplo, para seguradoras ou quem opera em mercado futuro”.
Fonte: Agrolink