Um processo que aumenta o crescimento das culturas em 40% foi uma das inovações apresentadas na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, que destacou novas formas de abordar a fome através de descobertas agrícolas. O processo cria um "atalho" que permite superar o que os pesquisadores consideram um "fracasso" que afeta a fotossíntese da maioria das culturas no mundo.
"As plantas têm três chaves para produzir o alimento que nós comemos: captura de luz solar, usar essa energia para produzir biomassa vegetal e desviar a maior quantidade possível de produção de biomassa como grãos de milho ou amido de batata" disse Donald Ort, professor de biologia vegetal e ciência das culturas no Instituto Carl R. Woese de Biologia Genômica, em Illinois.
O trabalho faz parte do projeto de pesquisa internacional Realizing Increase Photosynthetic Efficiency (RIPE), dedicado a projetar culturas que desenvolvem a fotossíntese de forma mais eficiente, visando aumentar de forma sustentável a produtividade mundial dos alimentos. Os pesquisadores, usando genes de algas e abóboras, conceberam três alternativas para substituir o caminho da fotorrespiração nativa em rotas de rapé, uma planta que tem sido utilizada como modelo antes de que a tecnologia seja transferida para muitas culturas alimentares mais difíceis.
"É incrível imaginar as perdas por fotorrespiração cada ano representam muitas calorias em todo o mundo", disse Ort, que afirmou também que "recuperar mesmo uma parte dessas calorias seria um grande sucesso" em sua carreira para alimentar 9.700 milhões de pessoas em 2050.
Fonte: Agrolink.