De acordo com Sene, para os Estados Unidos, a previsão climática de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), é mais favorável para as regiões centrais, norte e oeste dos Estados Unidos, abrangendo grande parte das principais regiões produtoras. As temperaturas nas principais regiões produtoras foram mais elevadas em relação à semana anterior.
Se as chuvas vierem, como pode se comportar Chicago? Ao contrário da semana anterior, na qual foi possível observar um aumento significativo nos preços em Chicago devido à expansão da área de seca nos Estados Unidos, se o clima norte-americano melhorar e as condições das plantações se recuperarem, poderá ocorrer fortes quedas nas cotações. Pelo histórico climático norte-americano, sabe-se que as chuvas sazonalmente aparecem no final do mês de Junho e começo do mês de julho.
Caso as cotações de Chicago revertam as altas da semana anterior, o mercado brasileiro poderá sofrer mais uma onda de quedas, pressionado pela queda do dólar e pelo grande movimento de venda da oleaginosa. Dólar poderá ter leves valorizações. Para a esta semana, haverá grande atenção por parte do mercado em relação à reunião do Copom, agendada para os dias 20 e 21, onde serão definidos os rumos das taxas de juros no Brasil. Apesar de existir um consenso sobre a manutenção da taxa, os participantes do mercado estarão atentos a possíveis indícios de redução das taxas de juros no próximo semestre. Essa perspectiva pode resultar em uma valorização da moeda dos Estados Unidos.
O especialista acredita que, diante dos fatos citados, a soja em Chicago poderá apresentar uma semana negativa, mas a alta projetada para o câmbio poderá neutralizar a queda dos preços no mercado interno brasileiro.
Por Agrolink-Aline Merladete