O Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os desembolsos correntes das propriedades, registrou leve alta de 0,11% entre dezembro e janeiro na “média Brasil”, composta pelos estados da BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP.
Dentre os principais estados produtores, o que apresentou a elevação mais expressiva nos custos em janeiro foi Goiás, com valorização de 2,24% no COE. O aumento esteve atrelado principalmente às elevações de 2,67% do concentrado e de 1,85% nos medicamentos antibióticos.
Já Santa Catarina foi o único estado que registrou queda nos custos de produção: no mesmo período, o COE regrediu 0,64%, influenciado por pequenos recuos na suplementação mineral e no concentrado.
Este início de ano está mais tranquilo para o caixa dos produtores de leite em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com a queda de preços, os valores não chegaram a patamares que inviabilizam a atividade no campo.
O receio de desvalorizações mais severas do leite pago ao produtor limitou os investimentos e reduziu a disponibilidade do produto. Os custos também estão exercendo menor pressão no caixa neste início de ano em relação ao ano passado, quando a “média Brasil” do COE apresentou elevação de 1%.
MÃO DE OBRA – Neste início de ano, o reajuste do salário mínimo foi de 4,61%, passando para R$ 998 nos estados que adotam o piso federal. São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm salário mínimo regional, e o reajuste é previsto para março. Os custos com a mão de obra nas propriedades de produção leiteira chegam a representar de 15% a 20% do COE.
Dados do projeto Campo Futuro mostram que a maioria das regiões de produção não atinge a eficiência considerada adequada, de 300 litros de leite por dia para cada funcionário contratado.
Fonte: Cepea, Portal DBO.