Os agricultores do Centro-Oeste e do Sul que investiram na segunda safra de milho continuam se beneficiando do clima favorável. A expectativa de ampliação da área cultivada se mantém, com projeção de crescimento de mais de 10% na região central do país, responsável pela maior parte da produção de milho no país.
As chuvas de fevereiro e março, que estiveram acima da média, devem continuar ao longo do mês de abril. Pelo menos até a segunda quinzena do mês, a previsão é que as precipitações atinjam 50 mm em boa parte da região, principalmente em Mato Grosso. A frente fria que atingiu o litoral da Região Sudeste canalizou a umidade para a região central, provocando chuvas em praticamente todo o Centro-Oeste.
“Nos próximos dias, as nuvens devem estar mais carregadas e nas últimas semanas de abril provavelmente diminuem um pouco, seguindo o padrão previsto este ano para o período”, diz a meteorologista Graziella Gonçalves, do Climatempo. A exceção fica por conta do extremo norte do Mato Grosso, em que as chuvas deverão ser mais esparsas. Em maio, o clima continua favorecendo a safrinha de milho. A previsão é de tempo mais seco, sem ondas de frio, em quase toda a região.
Sul
O fenômeno El Niño, com tendência de aquecimento do oceano e diminuição do risco de ondas de frio, continua beneficiando os agricultores do Sul, assim como vem acontecendo no Centro-Oeste. Não há previsão de geadas, que poderiam prejudicar a lavoura. Apenas na segunda quinzena do mês uma frente fria vinda do Sudeste deverá passar rapidamente pela região, sem provocar estragos. O volume de chuvas esperado é de 20 mm, dentro da média esperada.
Em maio, o produtor rural precisará ficar um pouco mais atento ao clima. São esperadas pancadas de chuva mais fortes nos três Estados da região. “A boa notícia é que o frio só deverá chegar só no inverno”, diz Gonçalves. Por enquanto, não há risco de ondas de ar mais seco que possam provocar formação de gelo.
Em toda a região produtora da safrinha de milho no país, a expectativa é de aumento da colheita na safra 2018/2019, que deve chegar a 70,6 milhões de toneladas, segundo a consultoria Agroconsult, com resultado bastante superior ao do ciclo anterior, de 54 milhões de toneladas.
Fonte: Revista Globo Rural.