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Guerra Comercial: 4 análises sobre impactos imediatos para o agro Divulgação.

Guerra Comercial: 4 análises sobre impactos imediatos para o agro Destaque

Escrito por  Mai 07, 2019

A semana começou com novas preocupações do mercado quanto ao avanço da Guerra Comercial,

isso porque neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais para afirmar que aumentará as taxas de 10% para 25% sobre US$ 200 bi em produtos chineses. Na bolsa de Chicago, as cotações da soja chegaram a cair mais de 3% durante o pregão com preocupações sobre o enfraquecimento da demanda do gigante asiático pela soja norte-americana. Ao longo do dia, os ânimos ficaram mais calmos diante das expectativas de que a China enviará uma delegação para Washington para uma nova rodada de negociações comerciais, mesmo depois do anúncio das taxações de Trump.

Para o agronegócio do Brasil, a Guerra Comercial rendeu oportunidades em 2018. As exportações para o gigante asiático avançaram e os prêmios pagos pela soja brasileira atingiram recordes. Será que isso vai se repetir em 2019? O Blog separou 4 análises com diferentes pontos de vista sobre a Guerra Comercial e impactos para o agro. Não há consenso sobre as oportunidades que as taxações podem trazer ao país, no entanto, há quem diga que o Brasil sairá ganhando enquanto EUA e China continuarem a trocar farpas.

Ricardo Amorim – Ricam Consultoria
‘Guerra Comercial é tremenda oportunidade para o Brasil neste momento’

O economista e presidente da Ricam Consultoria, Ricardo Amorim, prevê efeitos positivos para o Brasil com o avanço da Guerra Comercial entre Estados Unidos e China. Segundo Amorim, as esperadas retaliações chinesas às taxações dos americanos vão gerar incremento de demanda para os brasileiros que devem ver as exportações avançarem em 2019 a exemplo dos recordes já registrados no ano passado.

“ Vai acontecer de novo. A expectativa que antes havia é que a balança comercial brasileira teria um impacto negativo por não ter essa ‘ajuda’ das exportações da China. Pra nossa sorte, Trump está garantindo que sim, nós teremos. Essa medida é ainda mais benéfica neste momento em função da Peste Suína Africana que atinge a China. A China não só deve importar mais proteína vegetal do resto do mundo, principalmente do Brasil, mas cada vez mais proteína animal e particularmente, suínos. Tremenda oportunidade para o Brasil que fica maior quando o chineses não vão querer fazer essa importação vinda dos Estados Unidos”, explica.

Marcos Araújo – Agrinvest Commodities
“Guerra Comercial não antecipa alta de preço e pico para soja será no segundo semestre”

Com o fim da colheita de soja no Brasil e elevados estoques, o pico de alta para soja será observado no segundo semestre de acordo com projeções da Agrinvest Commodities.

“Acredito que vai ser a partir de agosto, por quê? Você tem observado a China ainda efetuando suas comprar pra junho e julho, o Brasil acabou de colher nossa safra de soja, nós temos ainda um grande residual de soja em estoque a ser consumida e a ser exportada para que ocorra esse enxugamento dos estoques e, aí sim, normalmente, entre setembro e outubro nós temos aqui no Brasil os picos de preços.”

Pedro Paulo Silveira – Nova Futura Corretora
“Com taxações, sobe percepção de risco nos mercados e pressão de alta no dólar aumenta”

Quando os Estados Unidos tributa, sobretaxa as importações da China, a notícia gera muita incerteza, diz o economista Pedro Silveira, da Nova Futura Corretora. “ Isso sacode os mercados lá no exterior, aumenta a percepção de risco e moedas de países emergentes como o real, acabam sofrendo um pouco mais”.

Com incertezas do cenário externo e avanço da reforma da Previdência no Brasil, a Nova Futura Corretora manteve a cotação do câmbio em R$ 3,60 para o fim do ano. As estimativas do mercado divulgadas nesta segunda-feira pela pesquisa Focus foram mantidas em R$ 3,75 para o fim de 2019.

Matheus Andrade – BMJ Consultores

“Guerra Comercial neste momento parece mais uma ameaça de Trump”

O consultor da BMJ Consultores, Matheus Andrade, avalia que a possibilidade de os Estados Unidos adicionarem mais taxas aos países chineses é uma estratégia de negociação de Trump às vésperas de discussões com a China.

“O vice-presidente chinês vai à Washington se reunir com a equipe americana que é responsável por essas questões de comércio e a gente vai ter um clareza maior de como estão essas discussões. Nesse momento, parece que é mais uma ameaça do Trump, é muito o estilo dele de fazer ameaças para mostrar forças, às vésperas de uma negociação para tentar uma barganha maior. Se de fato as negociações fracassarem a gente pode ter em um momento curto, mas o Brasil pode aumentar as exportações pra China”, diz.

 


Fonte: Blogs Canal Rural.

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