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O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), voltou a defender a permanência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Ministério da Agricultura.“Nos preocupa órgãos importantes que estavam dentro do Ministério da Agricultura e que deveriam estar lá. A Conab, que é o órgão pensador do agro brasileiro, que faz os planejamentos, que vê o tamanho da safra, quanto vamos precisar de seguro, tem de estar próxima do ministro da Agricultura e da equipe do ministério”, afirmou Lupion em coletiva de imprensa nesta terça-feira.

O Observatório da Agropecuária Brasileira lançou a Plataforma de Relatórios Dinâmicos com o objetivo de facilitar o acesso dos usuários que buscam informações sobre a agropecuária brasileira.

Dentro da nova página, é possível adquirir dados compilados, de maneira agregada e descomplicada, com a utilização de filtros e com a possibilidade de realizar consultas por localidade e período.

Além dos dados sólidos da agropecuária brasileira ficarem ainda mais acessíveis e transparentes, a plataforma contribui para a tomada de decisão dando suporte às cadeias produtivas.

Por meio do site, o usuário poderá obter informações de todos os temas do Observatório, o que lhe possibilita elaborar relatórios versáteis sobre agricultura familiar, agropecuária sustentável e meio ambiente, aquicultura, assistência técnica, assuntos fundiários, comércio exterior, crédito rural, fertilizantes, entre outros.

Os relatórios podem ser exportados em formato PDF e há recursos para salvar uma consulta prévia e continuar ou compartilhar em momento posterior.

Solução tecnológica

O Observatório sistematiza, integra e disponibiliza um gigantesco conjunto de dados e informações da agricultura e pecuária do País, e também mundial, tornando-se, assim, uma inovadora solução tecnológica. A ferramenta provê subsídios aos processos de tomada de decisão e de formulação de políticas públicas.

Seu objetivo é fortalecer e aprimorar a integração, a gestão, o acesso e o monitoramento dos dados e informações de interesse estratégico para o setor agropecuário e para o Brasil. O acesso ao sistema é aberto ao público, sendo algumas informações disponíveis segundo os perfis de acesso.

Fonte: Ministério da Agricultura
 

As primeiras ações e movimentos propostos pelo novo governo brasileiro acenderam um sinal de alerta, despertando a preocupação de alguns segmentos da economia nacional. Dentre eles, o agronegócio está no centro das atenções.

“Ainda há muitas incertezas em relação às perspectivas nas tratativas dos assuntos pertinentes ao agro nessa nova gestão presidencial, mas continuaremos a defender os interesses do segmento, sempre privilegiando o diálogo e o bom senso para as tomadas de decisão”, enfatizou Antonio Alvarenga, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), na abertura do evento promovido pela entidade, no dia 30 de janeiro, no Hotel Renaissance, em São Paulo.

“É fundamental que todos os players do setor atentem para as questões que envolvem o agro, principalmente agora quando se inicia um novo governo”, disse a Alvarenga para a plateia composta por membros da Academia Nacional de Agricultura, da SNA e de importantes líderes e representantes do setor, convidados a debater o momento atual do agronegócio e propor ações futuras em prol do segmento.

Segundo o presidente da Academia e da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Caio Carvalho, questões como competitividade, produtividade e sustentabilidade devem estar na pauta de toda e qualquer discussão que envolva a cadeia do agronegócio nacional.

“Há, no momento, certa preocupação, pois nessa fase de transição temos deparado com algumas ‘agressões’ ao agro. É preciso uma ação rápida e conjunta de todas as entidades do setor para que as coisas não saiam dos trilhos”, observou Carvalho.

Defesa dos produtores

A preocupação não faz parte apenas do cotidiano das entidades de classe, mas também tem ocupado a mente de uma parte fundamental da cadeia produtiva do setor: os produtores. Atento a esse movimento, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, deixou claro que a defesa dessa classe é um dos principais objetivos da entidade.

“Quem trabalha no segmento tem de conhecer o agro de hoje. É preciso deixar claro que vamos defender os interesses dos produtores a qualquer custo”, destacou o executivo, chamando a atenção para a necessidade de trazer para o agro outras instituições, como os bancos, por exemplo.

Diálogo e união

Ainda na ocasião, os participantes do encontro debateram a necessidade de união da classe e de diálogo com o governo. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, ressaltou a importância de as lideranças do agro estreitarem o relacionamento com os governadores dos estados. “É preciso uma aproximação com o Parlamento, além de usar a força dos governadores. Mais do que isso, é preciso que a classe esteja unida, de forma consensual, ou seja, precisamos falar e agir em uníssono em prol do segmento”, pontuou.

Para o também ex-ministro Antonio Cabrera, os próximos quatro anos serão bastante difíceis e é preciso, além do diálogo, que os representantes do agro se unam em busca dos interesses comuns.

“O protagonismo no agronegócio brasileiro incomoda muito, não só aqui, como em outros países, principalmente na Europa. Por isso, precisamos aprender a falar com os consumidores europeus e quebrar esse dogma em relação aos produtos brasileiros”, salientou.

Novos membros da Academia

O evento também foi marcado pela cerimônia de posse de dois novos membros da Academia Nacional de Agricultura, o Secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos do Governo de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e o vice-presidente de Relações Internacionais e Coordenação da Cadeia Produtiva do CNPC (Conselho Nacional da Pecuária de Corte), Sebastião Costa Guedes.

Afif Domingos destacou alguns pontos que ele considera fundamentais para que o agro continue sendo o setor mais importante para a economia nacional. “Para mantermos essa premissa, é preciso que tenhamos uma união menos setorial. Também temos de olhar mais para os pequenos produtores, pois são eles que têm a força e a mobilização em massa”, avaliou o secretário, que ainda fez referência às ameaças ao agro nesse novo governo. “É o perigo que nos levará à vitória”, profetizou.

Já Costa Guedes destacou a importância da valorização dos produtos oriundos do agronegócio nacional, tanto no Brasil quanto no exterior. “Temos de acreditar na qualidade daquilo que a gente produz. Esse é um dos caminhos para aumentarmos a credibilidade do nosso agro aqui e lá fora”, arrematou o vice-presidente do CNPC.

Também participaram do encontro o Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Antonio Julio Junqueira de Queiroz; o ex-deputado federal Jerônimo Goergen; o ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes; o pecuarista e proprietário das Fazendas Sant´Anna, Jovelino Mineiro; o presidente da Agroconsult, André Pessoa; o engenheiro agrônomo e professor sênior de agronegócio global do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Marcos Jank; o presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp/Cosag, Jacyr Costa Filho, além de outros representantes de entidades de destaque na cadeia do agronegócio nacional.

Por André Casagrande
Equipe SNA

 

Brasília (13/02/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na segunda (13), a primeira reunião da Comissão Nacional de Mulheres do Agro para anunciar a presidente e as vice-presidentes e debater as principais demandas e ações que serão trabalhadas pelo colegiado.

O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, fez a abertura do encontro e destacou o objetivo da Comissão, que é ampliar e fortalecer a participação das mulheres no sistema sindical e desenvolver a liderança feminina no setor agropecuário.

“Dentro da Comissão serão discutidas pautas e ações estratégias que possam ser trabalhadas em cada estado e no país como um todo. O grupo surge para facilitar a conexão entre as mulheres do agro”, disse Lucchi.

Em seguida, Bruno apresentou a engenheira agrônoma Stéphanie Ferreira como a presidente da Comissão. Natural do município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, Stéphanie já trabalhou no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) do estado e participou do CNA Jovem em 2016.

Atualmente ela presta serviço de assessoria pecuária, é vice-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas e compõe a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul). “Acredito que teremos um longo caminho pela frente e, juntas, faremos um excelente trabalho”, disse.

Além da presidente, a Comissão Nacional de Mulheres do Agro é composta por duas vice-presidente: Geni Schenkel e Simone de Paula. Geni é formada em fisioterapia, mas deixou a profissão em 2018 pelo campo. Atualmente é produtora rural em Mato Grosso e presidente do movimento Agroligadas.

A segunda vice-presidente Simone de Paula é pecuarista em Rondon, no Paraná, e faz parte da coordenação da Comissão Estadual de Mulheres da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

A Comissão de Mulheres do Agro da CNA também terá um Conselho Consultivo formado por cinco mulheres das áreas de gestão de pessoas, empresarial e finanças; desenvolvimento pessoal e comunicação e marketing.

Durante a reunião, a assessora técnica da CNA, Kelly Nascimento, apresentou os três eixos de atuação do grupo, sendo eles: programa de fortalecimento das lideranças; criação de comissões estaduais de mulheres e representação política do Sistema CNA/Senar.

As principais ações previstas são: realizar diagnósticos, apoiar e auxiliar a implantação de comissões estaduais, realizar um encontro nacional de mulheres, criar um programa de fortalecimento de lideranças femininas e representar o sistema em fórum e eventos.

A programação da reunião incluiu apresentações sobre a estrutura institucional do Sistema CNA/Senar. O diretor técnico da Confederação, Bruno Lucchi, explicou o objetivo e o funcionamento de cada departamento da entidade e os principais projetos e programas que beneficiam a classe produtora rural.

Já o diretor de Inovação e Conhecimento do Senar, André Sanches, citou os programas de formação profissional rural e promoção social e a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, além dos cursos técnicos, da Faculdade CNA e do CNA Jovem.

Por fim, a diretora executiva do Instituto CNA, Mônica Bergamaschi, falou sobre o objetivo do Instituto e as principais ações, como os protocolos de raças, as plataformas de rastreabilidade animal e vegetal, o projeto Forrageiras para o Semiárido, bem como o HUB Digital, o Mercado CNA e o ID Agro – Máquinas.

 

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems 

O Brasil é um dos países mais fortes do mundo no agronegócio, mas a comunicação ainda peca, segundo Gustavo Avelar, que é engenheiro agrônomo em Mato Grosso e atua com foco na gestão e certificação de propriedades em agricultura regenerativa. “ Se tem uma situação que me tira o sono é a desorganização na comunicação do agro a nível global. E se olharmos para realidade desse setor no Brasil é ainda mais crítica. Falta postura, posicionamento, investimentos em massa, estratégia e relacionamento com quem tem o poder da comunicação em massa nas mãos”, comenta. 

De acordo com ele, a agro sai muitas vezes como vilão. “Pela experiência que tenho, um dos motivos é a concentração das grandes empresas que conseguem atuar de forma mais próxima da mídia que minimiza o marketing negativo. Além disso a desorganização política do setor também contribui para a falta de ampla defesa sempre que necessária for em plenários, fóruns mundiais, políticas públicas governamentais, ações sociais, dentre outras atividades de atribuições apenas ou especialmente de agentes públicos, como vereadores, prefeitos, deputados (federais e estaduais), senadores, governadores, ministros e presidente”, completa.

 

“É preciso estar presente e investir tempo e sabedoria no negócio. Dispor de uma boa equipe técnica e trabalhar muito, já que mídia e pesquisa têm custo e esse é um ponto importante.  Veja bem, para mudar a visão que o consumidor final tem do agro é necessário investimento em comunicação e pesquisa. E eu explico o porquê.    

 

Primeiro, para comprovar que o agro é uma das principais ferramentas para a sustentabilidade do planeta são necessários estudos que comprovem o que já sabemos na prática, no nosso dia a dia nas fazendas. Só com pesquisas sérias e estudos honestos conseguiremos dados e fatos que mostrem e provem toda a sustentabilidade agropecuária. O segundo passo é comunicar esses dados. Mas de forma estratégica, com relacionamento, com clareza, continuidade,  embasamento, com comprovação, com fatos, com dados, com números e pesquisa”, conclui.

 

A Monarch Tractor comparou o desempenho de seu trator elétrico e um modelo convencional a diesel e estimou uma economia de R$ 14,7 mil em combustíveis, além de redução de 15 toneladas em emissões de CO2, ao ano.

O estudo ocorreu na vinícola Wente Vineyards, na Califórnia, Estados Unidos, mas, segundo a publicação especializada Future Farming, não considerou alguns fatores.

Entre eles os custos de investimento, depreciação e manutenção de um trator elétrico, bem como a variação nos preços de combustível e da eletricidade ou condições climáticas que afetam a vida útil da bateria e o consumo de combustível.

Ainda assim, segundo a própria publicação, o teste de desempenho da Monarch dá uma boa indicação de como um vinhedo pode reduzir custos com a implantação de um trator elétrico.

Elétrico x diesel

O teste de campo visou quantificar quanto as fazendas podem economizar com uso de eletricidade em lugar de combustíveis fósseis. A empresa realizou uma operação de poda com o trator elétrico e um a diesel da John Deere. Ambos maquinários operaram com segadeira giratória em um vinhedo em fileiras lado a lado.

A Monarch relatou o estado da carga de bateria e os níveis do tanque de combustível diesel antes e depois da operação. O trator a diesel e o Monarch Tractor alternaram linhas até a operação ser concluída, pouco mais de 7 horas depois.

O trator elétrico terminou a atividade com 18% de carga restante da bateria. A partir disso, a Monarch quantificou quanto a Wente Vineyards poderia economizar em combustível e emissões anualmente, com uma duração média anual de 1.000 horas por trator.

Na somatória geral, o trator elétrico economizou US$ 2,56 em combustível por hora de atividade (descontado o custo da energia) e deixou de emitir 15,14 quilos de CO2 por hora. Deste modo, o equipamento, traria economia de  US$ 2.655,71 (ou R$ 14,7 mil) em combustíveis e 15 toneladas em emissões de CO2 durante um ano.

Como o modelo da Monarch custa a partir de US$ 50 mil, ou seja,  cerca de R$ 278 mil, o retorno no investimento levaria quase 19 anos, se considerada apenas a economia de combustível.

O Monarch não é o único trator elétrico, por isso, também separamos outros modelos de maquinários elétricos pelo mundo.

Elétricos no Brasil

um exemplo é a startup YAK Tratores Elétricos, que recebeu, em novembro de 2020, um investimento seed de R$ 1,2 milhão por meio do programa Finep Startup, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC).

A empresa catarinense foi fundada em outubro de 2018  com vistas ao grande potencial no mercado de tratores elétricos. “Até então só existiam grandes esforços em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos de uso convencional, como carros e motos”, comentou João João André Ozório, um dos fundadores.

Por essa tendência, o AgEvolution trouxe alguns exemplos de tratores elétricos, suas vantagens e desafios a partir da opinião de especialistas.

AUTOR:

Daniel Azevedo Duarte - AgEvolution

Por: AGROLINK -Seane Lennon - A Inteligência Artificial (IA) é uma poderosa ferramenta capaz de cruzar fontes de dados distintas e extrair padrões para construir insights difíceis de serem alcançados manualmente. Nos últimos dois anos, os sistemas ou máquinas que mimetizam a inteligência humana ganharam ainda mais espaço no agronegócio, auxiliando empresas a aplicarem estatística avançada para aprender e predizer fenômenos futuros, a partir de dados obtidos. 

De acordo Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, provedora de serviços de TI e transformação digital, as ferramentas de dados podem agregar muito valor, criando um repositório único com informações de operação e produção, já permitindo uma análise de indicadores completa e ágil, mas IA vai além. “No agronegócio, consegue predizer produção de lavouras, ranquear fatores de influência que ajudam ou não no crescimento de animais, otimiza a logística de distribuição de insumos e produtos acabados, dentre muitas outras coisas. Em toda a cadeia produtiva, onde quer que haja a captura ou manipulação de algum dado para uma tomada de decisão, é possível utilizar a tecnologia e a inteligência artificial para promover mais agilidade no processo, eficiência e elevar a performance”, pontua. 

Com o barateamento de tecnologias, causado pela alta procura após a pandemia, o setor, considerado carente, está se abrindo aos benefícios. As empresas antenadas na nova onda, geralmente, buscam soluções de digitalização e sensoriamento. 

Conforme Vinicius, o agro é uma atividade quase “artesanal” exigindo muita mão na massa e o "olhar do dono". As empresas do setor agora buscam aprender com a sabedoria de especialistas e, através de sensores e inteligência artificial, criar ferramentas que facilitem e antevejam problemas para acionamento de uma força tarefa no campo. “O Brasil é o país do agronegócio e suas dimensões fazem com que toda a atividade seja amplamente diversificada e pulverizada. O grupo de produtores é heterogêneo, quando falamos de desenvolvimento tecnológico. Temos desde produtores com uma operação familiar e pautada em anotações em papel, a mega produtores com granjas e plantações controladas por sensores e drones. Os grandes desafios estão pautados em uma mudança de cultura, um acesso a baixo custo às novas tecnologias, com um programa de capacitação. Sobre esse último ponto, ainda há regiões do país com pouco acesso à internet”, explicou. 

 

As soluções mais buscadas são as que automatizam tarefas manuais de preenchimento de dados, ou seja, digitalização, e também sensoriamento e acompanhamento de crescimento de lavouras e animais em granjas, tudo isso conectado à uma central com ferramental de IA embarcado. “Segundo dados do Radar Agtech Brasil 2020/2021, o país possui 1.574 agtechs – startups focadas no agronegócio. Durante a pandemia, e com a maior necessidade de digitalização, o setor apresentou um crescimento de 40% , em comparação com os anos anteriores. Isso mostra o quanto o setor está aberto a essas mudanças e disposto a incorporar novas soluções nas empresas”, disse Vinicius.

A transformação digital no agronegócio promove mais eficiência no processo. A agilidade e capacidade de tomada de decisão antecipada traz ganhos na produção e permite uma extração de máximo proveito da atividade exercida. Além de um ganho de performance, há ganho em qualidade de vida ao produtor, que afasta um pouco o trabalho manual e passa a acompanhar painéis e ferramentas com poder de antever e notificar situações de risco, tornando rara a atuação humana. Trabalhando de forma digital e com ferramentas que permitem uma produção em máxima performance, é possível criar formas mais sustentáveis de trabalho com ótimas adequações ao ESG.

 

A melhoria da tecnologia de conectividade com o 5G, permitindo altas velocidades e em regiões mais inóspitas, além de sensoriamento de maquinários são pontos em alta no mercado agro, e, segundo Vinícius,  em 2023 estarão em ainda mais evidência. “É difícil prever onde estaremos daqui uma década. A tecnologia se reinventa todos os anos. O que podemos afirmar é que a forma de trabalho se modificará muito, e teremos cada vez menos trabalhos manuais e repetitivos. Certamente, também veremos a Inteligência Artificial entrando no setor em todos os níveis da cadeia, desde plantio até o alimento na mesa para o consumidor final”, conclui.

 

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems -  O  governo chinês lançou essa semana um novo plano para promover a “revitalização rural, acelerar a turbina agrícola e transformar a China em uma potência agrícola”. Chamado de “Documento Central nº 1”, o projeto delineia novas tarefas que serão empregadas ainda este ano para priorizar a base da “agricultura, áreas rurais e agrícolas”. 

Anualmente as autoridades centrais da China divulgam uma primeira declaração oficial, em um documento que é visto como um indicador de políticas prioritárias. O trabalho na agricultura e nas áreas rurais está no topo da agenda há 20 anos consecutivos desde 2004.

“O documento não apenas detalha as principais tarefas para promover de forma abrangente a revitalização rural, mas também apresenta arranjos específicos para acelerar a construção da força da China na agricultura. Uma das tarefas mais importantes é fortalecer a agricultura por meio da ciência e da tecnologia”, informa a CGTN (China Global Television Network).

Segundo a agência chinesa, o documento enfatiza a necessidade de promover avanços nas principais tecnologias agrícolas essenciais, estabelecer laboratórios agrícolas e centros de inovação, fortalecer a observação básica de longo prazo e experimentos na agricultura. Além disso, pretende acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de máquinas e equipamentos agrícolas inteligentes em larga escala e revigorar a indústria de sementes, construindo um mecanismo de compartilhamento para identificação e avaliação de recursos genéticos.

O documento também apela para a “promoção do desenvolvimento verde da agricultura, estabelecendo um sistema de coleta, utilização e tratamento de resíduos agrícolas e um sistema de monitoramento para proteção do meio ambiente agroecológico, estabelecendo regulamentos sobre compensação para proteção ecológica, fazendo cumprir rigorosamente a moratória da pesca, e intensificar os esforços para proteger e restaurar pastagens”.

A China pretende ainda melhorar as infraestruturas agrícolas e aumentar a recuperação de terrenos agrícolas abandonados. A gigante quer asiática também avança em grandes projetos de conservação de água, acelera a construção da rede nacional de conservação e fortalece a capacidade do país de prevenir e mitigar desastres naturais para a agricultura por meio de observação meteorológica e monitoramento de doenças e pragas.

Por fim, para garantir uma produção estável e adequada de grãos e outros produtos agrícolas importantes, o documento destaca que a meta manter uma produção anual de 650 milhões de toneladas de grãos. Para isso está projetado, principalmente, expandir a área plantada de soja e oleaginosas.

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