“Quem puxa essa fila (de ataques à agropecuária brasileira) é a Europa”, disse o gestor de projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Igor Brandão. “Tudo o que se discute em termos de sustentabilidade na Europa tem repercussão muito grande e esse é um grande desafio para o agronegócio brasileiro”, continua o representante da Apex, que participou de evento da Basf em São Paulo.
Brandão informou que recentemente 28 agentes ligados ao setor agropecuário brasileiro, tanto do governo quanto da iniciativa privada, tentaram fazer um diagnóstico sobre as razões dessa imagem negativa do Brasil no mundo e como encontrar formas de levar a informação correta.
“Não é questão de apenas contra-atacar”, disse o gestor. “Temos muita informação boa disponível e que nos coloca em uma situação privilegiada. Isso tem de ser divulgado. A ideia é trazer o ‘inimigo’ para o nosso lado”.
De todo modo, Brandão reconhece que o protagonismo brasileiro como grande exportador de commodities agrícolas “sempre vai incomodar”.
“Só que, acima disso, existe a questão de trabalhar a imagem do País. Isso é fundamental para ganharmos credibilidade em relação à sustentabilidade do agronegócio brasileiro”. O especialista citou, por exemplo, que no exterior o Código Florestal brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de 2012) “é um dos nossos maiores ativos”.
