Quinta, 21 Novembro 2024

Última live do Circuito de Resultados do Projeto Campo foi realizada na segunda (7) Última live do Circuito de Resultados do Projeto Campo foi realizada na segunda (7) Foto: Reprodução/Divulgação

CNA analisa custos de produção de tilápia, tambaqui e camarão Destaque

Escrito por  Nov 09, 2022

Brasília (07/11/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na segunda (7), a última live do Circuito de Resultados do Projeto Campo para apresentar os custos de produção de tilápia, tambaqui e camarão nos estados da Bahia, Goiás, Rondônia e Santa Catarina.

O consultor da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Eduardo Ono, conduziu o debate online e afirmou que os dados levantados pelo projeto são importantes para os produtores pensarem em estratégias eficientes e os próximos passos da atividade.

O assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, informou que os custos da tilápia foram levantados nos municípios de Niquelândia e Gouvelândia, em Goiás, e Massaranduba, em Santa Catarina. Já os dados do cultivo de tambaqui foram analisados em Ouro Preto do Oeste, em Rondônia, e da carcinicultura (camarão) em Canavieiras (BA) e Florianópolis (SC).

Durante a live, Thiago disse que ração e energia elétrica foram os itens que mais pesaram no Custo Operacional Efetivo (COE) dos aquicultores em 2022. No cultivo de tilápia em Massaranduba, a ração representou 83,7% do COE, por exemplo. Já na produção de tambaqui em Ouro Preto do Oeste, esse mesmo item totalizou 81,4%.

“Apesar das dificuldades em relação ao Custo Operacional Efetivo, em todas as regiões analisadas o produtor conseguiu sobreviver na atividade no curto prazo”, avaliou Rodrigues.

De acordo com o assessor da CNA, os números revelam que a baixa eficiência produtiva dos sistemas, aliada à alta nos preços dos insumos, foram fatores determinantes para os resultados observados na maioria das propriedades. Os dados também indicam a necessidade de uma boa taxa de conversão alimentar para aproveitar melhor o insumo mais caro da aquicultura.

Rodrigues encerrou sua palestra destacando que o fortalecimento do consumo doméstico de produtos da aquicultura é um desafio setorial. “Estimulado pelo mercado, o aquicultor passa a se preocupar com a eficiência produtiva, buscando melhores índices de conversão alimentar e sobrevivência dos animais”, disse.

Em seguida, o professor zootecnista da Universidade Estadual de Maringá (UFM), Ricardo Ribeiro, falou sobre como melhorar o custo de produção na aquicultura. “Estratégias de manejo, genética, qualidade e procedência dos alevinos, nutrição, qualidade da ração, investimentos em automação e tecnologia podem fazer a diferença e garantir maior retorno financeiro da atividade”, disse.

Para Ricardo, o grande desafio da piscicultura para os próximos anos é o desenvolvimento de sistemas que aperfeiçoem a eficiência de produção, a geração e a distribuição de renda e mantenham a integridade dos ecossistemas utilizados.

Em sua palestra, o professor também destacou o papel do melhoramento genético na aquicultura. “Ele tem o poder de modificar o animal para melhor o desempenho e adaptação às condições de criação; de aumentar a produtividade; proporcionar grande retorno do investimento; auxiliar na redução da diferença entre a demanda e a oferta de produtos e permitir o manejo e o controle da endogamia”.

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