Apesar de ter sido um dia de campo pequeno, com 8 produtores participantes, 3 Agrônomos, e o proprietário da piscicultura, Luís Fernando Sversutti, os resultados foram relevantes, pois das 6 famílias que estavam presentes, duas se interessaram em aderir ao projeto, ou seja 33,33%.
Os eventos pequenos, segundo Engenheiro Agrônomo Silvio Carlos Pereira dos Santos, da CATI de Itápolis, pertencente ao escritório de Desenvolvimento Rural de Jaboticabal, são aqueles que resultam em melhor aproveitamento, pois os produtores não dispersam com conversa paralelas, e todos ficam bem próximos do palestrante, facilitando desta forma, o esclarecimento das dúvidas.
Luís Fernando, iniciou há 7 anos o processo de aprendizagem, com o desenvolvimento da sua piscicultura, em duas caixas d’água de volume igual 1000l, cada uma.
Após 2 anos substituiu-as por 4 caixas com capacidade de 2500l, cada uma, e construindo uma pequena estufa, onde passou desenvolver uma Aquaponia, que consiste em um sistema onde a água proveniente da piscicultura, abastece e fertiliza uma produção de alfaces no sistema de hidroponia.
Há três anos, ele parou com a aquaponia e decidiu focar apenas na piscicultura intensiva, construindo dois tanques de 10 metros de diâmetro, com um metro de lâmina d’água, mas sem a cobertura de uma estufa.
Imediatamente no ano seguinte já construiu mais 6 tanques,com as mesmas dimensões, e construiu mais 6 tanques, e cobrindo os 8 reservatórios, com uma estufa com 1000m2 de área.
Este ano, já dominando o sistema de bioflocos, que permite uma economia de 30% na ração, e com o uso de energia solar para baixar os custo, pois durante todo o dia, é injetado oxigênio nos tanque, cuja água é purificada pelos bioflocos, e pela decantação dos resíduos, permitindo uma produção sustentável, com a reposição de apenas 3000 litros de água por mês, em cada tanque.
Em destaque imagem do tanque circular suspenso com injeção contínua de oxigênio proporcionando alta produtividade com sustentabilidade. (Foto: Rastro Rural)
Cada tanque, produz em torno de 7500 Kg de peixes por ano, ou 60.000 Kg / ano, nos 8 tanques, cujo Kg é comercializado a R$ 9,00, e o custo ficando em R$ 6,00.
Como os resultados estão sendo compensatórios, Luiz Fernando já está iniciando a duplicação dos 8 tanques, para 16, e mais uma estufa de 1000m2, com o apoio da linha de crédito do programa FEAP , da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, a juros de 3% ao ano.
Apesar de toda a produção ser comercializada com facilidade, o projeto de desenvolvimento da piscicultura, tem também por objetivo, aumentar o volume de produção de pescado, pois muitos compradores só se interessam em adquirir quantidades acima de 15.000 Kg, por vez.
Este é um projeto com uma grande capacidade de geração de renda e de empregos para o município, podendo em um futuro não muito distante, propiciar o desenvolvimento de toda uma cadeia do Agronegócio, com instalação de frigorífico de peixes, fábricas de ração, criação de alevinos, e subprodutos.
Quando um único homem crê que vai dar certo, se dedica e começa a demonstrar resultados, ele inspira outros a se unirem a ele, e após algum tempo, o quê parecia um sonho, se transforma em realidade.
E foi assim que Deus, ensinou aos homens, que somente através da união destes, e amparados pela sua graça, eles poderiam cumprir a missão proposta por ele: crescei multiplicai-vos, e dominarem sobre toda terra, cultivando-a e com a responsabilidade de guardá-la.