A contribuição da ciência agronômica a ações que garantam a segurança alimentar para a população brasileira e mundial, em tempos de incertezas climáticas e busca por eficiência e competitividade, com o uso sustentável dos recursos naturais. E os desafios impostos aos profissionais da Engenharia Agronômica para encontrar saídas empreendedoras em um mercado desafiador. Essa foi a tônica das discussões nas palestras, painéis, mesas redondas, minicursos e apresentações de trabalhos técnico-científicos do XXXI Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), realizado entre os dias 20 e 23 de agosto, no Rio de Janeiro. Pesquisadores da Embrapa, que apoiou a organização do evento, participaram de vários debates.
Ao abrir o Diálogo Brasil-Japão, na Fiesp, em São Paulo, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu nesta segunda-feira (26) a ampliação do comércio entre os dois países. O ministro da Agricultura, Floresta e Pesca japonês, Takamori Yoshikawa, também participa do evento.
A VI edição do Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças amplia o espaço para discutir a rastreabilidade de vegetais frescos in natura, obrigatória desde agosto do ano passado para os chamados FLV – frutas, legumes e verduras.
A Política Nacional de Biocombustíveis do Brasil, o programa RenovaBio, deverá ser implementada no final de dezembro de 2019. De acordo com um relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mais de quarenta usinas de biocombustíveis solicitaram o processo de certificação.
Para apresentar as experiências inovadoras e oportunidade para o agronegócio, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) participam, até sexta (23), da 31ª edição do Congresso Brasileiro de Agronomia, no Rio de Janeiro.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apresentou alta de 0,65% em maio, acumulando alta de 0,68% nos 5 primeiros meses de 2019.
Entre os segmentos, insumos (1,41%), agroindústria (1,34%) e agrosserviços (1,01%) registraram elevações em maio, com recuo apenas no primário (-1,05%). No acumulado de 2019 (janeiro a maio), insumos (6,80%), agroindústria (1,71%) e agrosserviços (1,03%) também avançaram, enquanto primário seguiu registrando baixa, de 2,61% (Tabela 1).
Entre os ramos, o agrícola apresentou alta de 0,13% em maio, refletindo o crescimento nos segmentos de insumos (1,83%), agroindústria (1,20%) e agrosserviços (0,48%), apesar da queda de 2,70% observada para o primário. Os resultados no acumulado do ano revelam dinâmica similar: insumos (8,13%), agroindústria (1,55%) e agrosserviços (0,42%); e queda apenas no segmento primário, de 6,75% (Tabela 2).
Já no ramo pecuário, o crescimento, além de mais expressivo, 2,06% em maio e 3,63% no acumulado do ano, tem ocorrido em todos os segmentos que o compõe. De janeiro a maio, o segmento pecuário ‘dentro da porteira’ acumula crescimento de 6,17%, seguido da expansão de 3,91% dos insumos, 2,56% dos agrosserviços e 2,41% da agroindústria. (Tabela 3).
SEGMENTO DE INSUMOS: Crescimento se mantém em maio, para ambos os ramos
O segmento de insumos do agronegócio apresentou alta de 1,41% em maio, acumulando expressivo aumento de 6,80% nos primeiros cinco meses de 2019. Verifica-se desempenho positivo para os insumos pecuários (de 0,46% em maio e de 3,91% no acumulado), mas o destaque segue sendo a alta para os insumos agrícolas (de 1,83% em maio e de 8,13% no acumulado) (Tabelas 1 a 3).
Conforme se observa na Figura 1, os insumos agrícolas foram impulsionados pelas indústrias de fertilizantes, com alta expressiva de preços, e de defensivos, com elevação significativa em quantidade. Já para os insumos pecuários, os maiores preços e quantidade para rações foram o destaque positivo no período.
Na indústria de fertilizantes, o aumento significativo previsto para o faturamento atrela-se principalmente aos maiores preços do produto, na comparação de janeiro a maio de 2019 e o mesmo período de 2018, o crescimento é de 18,04%. Para a produção, a alta anual prevista segue mais modesta (1,80%). No caso da indústria de defensivos, ocorre o inverso, com a projeção de alta do faturamento impulsionada pela maior produção esperada (32,10%) e elevação mais comedida nos preços na comparação entre períodos (4,49%).
Segundo a Equipe Custos/Cepea, o alto patamar de preços para fertilizantes se justifica por fatores observados desde o segundo semestre de 2018, como aumentos nas cotações das principais matérias-primas do insumo no mercado internacional, baixo patamar do valor do Real frente ao dólar e a instabilidade e elevação de custos logísticos relacionados ao tabelamento de fretes. No caso da forte elevação em quantidade de defensivos, esse movimento está associado à maior demanda por parte de culturas mais intensivas no uso desse insumo, como o algodão, que tem a perspectiva de crescimento de 36,2% em área nesta temporada, conforme dados da Conab. Ademais, o aumento da produção nacional de defensivos foi impulsionado como uma resposta ao fechamento de diversas indústrias do insumo na China (frente à política de recuperação ambiental que vem sendo aplicada no País), já que o Brasil é importante demandante do produto do país asiático, conforme já destacado nos últimos relatórios do PIB.
Já para a indústria de máquinas agrícolas, espera-se faturamento quase estável (leve alta de 0,23%), decorrente da menor produção prevista para o ano (-3,40%) e da alta de preços (3,75%) na comparação de janeiro a maio de 2019 com relação ao mesmo período de 2018. Segundo informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), este resultado negativo decorre da demanda represada – que estava à espera do lançamento do plano safra 2019/2020 – e da queda nas exportações de máquinas nos primeiros cinco meses de 2019. Para a indústria de rações, o crescimento esperado no faturamento reflete as elevações em preços (9,76%) e na produção esperada para o ano (2,00%).
SEGMENTO PRIMÁRIO: Recuo de preços e custos em alta no ramo agrícola pressionam renda do segmento
O PIB do segmento primário do agronegócio recuou 1,05% em maio, com baixa de 2,70% no ramo agrícola, mas alta de 2,11% no pecuário. No acumulado dos primeiros cinco meses de 2019, verifica-se baixa de 2,61% no primário do agronegócio, também motivado pela queda acumulada no ramo agrícola (-6,75%), já que o ramo pecuário acumula elevação de 6,17% (Tabelas de 1 a 3).
Para 2019, espera-se baixa de 0,12% no faturamento médio das atividades do segmento primário agrícola, considerando-se projeções de produção para o ano e preços de janeiro a maio de 2019 comparados com os do mesmo período do ano anterior. Com relação à produção, em 2019, espera-se alta de 1,19% na média ponderada das atividades acompanhadas. Já para preços, na comparação de janeiro a maio de 2019 e de 2018, houve pequeno recuo médio de 0,12%. A renda do segmento no ramo agrícola neste período do ano seguiu pressionada pelo aumento significativo nos custos de produção, com variação superior à registrada no faturamento. Já no segmento primário da pecuária, para 2019, espera-se crescimento de 11,55% no faturamento, resultado dos avanços de 11,11% nos preços e de 0,40% na quantidade produzida, em média.
As Figuras 2 e 3 e a Tabela 4, apresentadas a seguir, detalham os resultados específicos do segmento por atividades agrícolas e pecuárias. Entre as culturas do segmento primário agrícola acompanhadas pelo Cepea, projetam-se crescimentos nos faturamentos em 2019 para algodão, banana, batata, cacau, feijão, laranja, milho, tomate, trigo e lenha/carvão. Já as culturas para as quais se projetam quedas no faturamento são arroz, café, cana-de-açúcar, fumo, mandioca, soja, uva, madeira em tora e madeira para celulose – Figura 2 e Tabela 4.
Entre as culturas com resultado positivo no faturamento, destaca-se o caso do feijão, em que se espera aumento de 114,52%, impulsionado pela forte alta de 121,31% no preço do produto de janeiro a maio de 2019 em comparação com janeiro a maio de 2018, compensando a queda esperada na produção anual (-3,07%). De acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), esse quadro de menor oferta é resultado da combinação da redução da área plantada e de condições climáticas desfavoráveis.
Para a batata, também se verifica alta expressiva na média de preços de janeiro a maio de 2019 em comparação com os mesmos meses do ano anterior (84,02%), o que, aliado ao aumento esperado de 1,05% na oferta, foi responsável pelo crescimento no faturamento esperado, de 85,95%. Segundo a equipe Hortifruti/Cepea, neste ano, o preço da batata segue em patamar elevado na comparação entre períodos devido às reduções na produtividade, motivadas por questões climáticas, e na área plantada, em decorrência da perda de rentabilidade em safras anteriores, contexto que tem limitado a oferta. A equipe destaca que a alta esperada na produção anual total de batata deve-se, em grande parte, à produção destinada à indústria, que tem menor influência na média de preço apurada.
Com menor intensidade, o tomate também apresenta expectativa de aumento de 12,69% do seu faturamento, o que está atrelado à alta de preço (19,05%) na comparação entre períodos, tendo em vista a queda de 5,34% na quantidade esperada de produção para o ano. Segundo a equipe Hortifruti/Cepea, neste ano, verificam-se reduções de área plantada e de produtividade na cultura, devido a intempéries climáticas ocorridas em algumas regiões, restringindo a oferta.
Para o algodão, tem-se expectativa de variação positiva na produção anual (32,87%) e queda de 8,24% no preço na comparação entre períodos, resultando em crescimento esperado de 21,92% do faturamento. De acordo com a equipe Algodão/Cepea, em maio, a maior disponibilidade fez com que as negociações perdessem força, com negócios envolvendo pequenos lotes e vendedores buscando pela liquidação de estoques, vendendo a menores preços. A equipe também destaca que, com a grande disponibilidade (safra recorde em 2018 e nova elevação em 2019), o mercado externo tem sido a alternativa para o maior escoamento da safra e, com isso, as exportações da pluma neste ano têm registrado recordes mensais.
No milho, o aumento de 22,05% na produção esperada refletiu na elevação de 21,99% do faturamento, frente à quase estabilidade do preço com relação ao mesmo período do ano passado (0,05%). De acordo com a Conab, o crescimento na produção advém da elevação de área de cultivo para a segunda safra, de 7,8% com relação à safra anterior, assim como da maior produtividade esperada para essa safra (25,8%). Segundo a Companhia, houve grande estímulo à produção do cereal devido à antecipação da colheita de soja e à possibilidade do aproveitamento integral da janela climática, gerando expectativa de bons rendimentos. Para os preços, a equipe Milho/Cepea destaca que, especificamente em maio, as cotações foram pressionadas pela perspectiva de oferta mais elevada no segundo semestre. Porém, os vendedores mantiveram-se retraídos no mês, realizando negociações mais pontuais.
CNABRASIL
A inteligência artificial (por vezes mencionada pela sigla em português IA ou pela sigla em inglês AI - artificial intelligence) é a inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software, além de também ser um campo de estudo acadêmico. Os principais pesquisadores e livros didáticos definem o campo como "o estudo e projeto de agentes inteligentes", onde um agente inteligente é um sistema que percebe seu ambiente e toma atitudes que maximizam suas chances de sucesso.
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de agosto de 2019 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de julho de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de agosto de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.