Por agrolink - Em um mundo cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas, os eventos do El Niño, parte do fenômeno conhecido como Oscilação Sul-El Niño (ENSO), estão se tornando mais frequentes e intensos. Por mais de 30 anos, os pesquisadores climáticos têm se perguntado como as mudanças climáticas induzidas pelo homem afetam o ENSO. Embora ainda não haja evidências claras de que as mudanças climáticas já afetaram o ENSO, o estudo sugere que os eventos futuros de El Niño se tornarão mais frequentes e intensos.

O climatologista Luiz Carlos Molion conversou com o Notícias Agrícolas para discutir a divulgação feita pelos institutos internacionais a respeito da ocorrência do El Niño no verão de 2018/19. O IRI/CPC divulgou que existe uma chance de 95% de estabelecimento do fenômeno. Como conta Molion, essa previsão é feita a cada 15 dias, mas com base nos resultados de 18 modelos dinâmicos e oito modelos estatísticos. Cada modelo traz um resultado diferente, a partir dos quais é feita uma média geral e é colocada uma probabilidade. Para o climatologista, esse método seria questionável, já que "nenhum modelo estatístico consegue acertar o El Niño", segundo ele.

O El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, tem grandes chances de se firmar até dezembro de 2018, trazendo mais chuva para o Sul e Sudeste do Brasil e seca para o Norte e Nordeste, indica a meteorologia. Mas, enquanto o evento climático não se formar totalmente, os produtores rurais precisam ficar atentos devido à imprevisibilidade das chuvas. Segundo Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia, a primeira chuva da Primavera (a estação inicia no dia 22 de setembro) virá antes do tempo para o Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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