Neste contexto, a ideia é agregar conhecimento, pesquisas e tecnologias produzidas no Brasil e em Israel por meio de um grupo de trabalho que será criado para buscar as melhores soluções aos produtores.
A ministra da Agricultura destacou a necessidade de levar mais tecnologia, água e infraestrutura para o Nordeste brasileiro, e ressaltou que é preciso buscar as políticas necessárias para a região. Também destacou o trabalho do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) na capacitação de produtores e trabalhadores do campo.
Segundo João Martins, a CNA tem um projeto com o Ministério da Agricultura para o desenvolvimento do Nordeste. “O desenvolvimento passa, principalmente, por melhorar o abastecimento de água e por levar tecnologia ao pequeno produtor. E o embaixador de Israel colocou à nossa disposição a mais recente tecnologia para proporcionar água a quem não tem água nem para beber”, disse João Martins.
Ao propor a criação de um grupo de trabalho para discutir propostas para desenvolver a produção do semiárido nordestino, o embaixador afirmou que as tecnologias produzidas por Israel de irrigação e uso da água podem ajudar no crescimento do agro brasileiro.
Já o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, informou que uma das ações do grupo será levar produtores e técnicos para conhecer as tecnologias que podem ser integradas pelos dois países para ajudar no desenvolvimento do Nordeste e gerar rentabilidade ao produtor rural do semiárido. De acordo com Carrara, o encontro entre a ministra e o embaixador foi um importante passo para “institucionalizar a parceria”.
Também participaram do encontro os presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço; da Paraíba (Faepa), Mário Borba; de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra; do Rio de Janeiro (Faerj), Rodolfo Tavares; o deputado Arthur Maia (DEM-BA), além de superintendentes e consultores.
Israel é um dos pioneiros na utilização da técnica de dessalinização. A água do mar, de aquíferos e até de esgoto são submetidas ao processo de dessalinização, o que as tornam potáveis e, portanto, próprias para o consumo.
Em usinas, á água salobra passa por membranas que ficam dentro de tubos. O objetivo é reter o sal e funcionar como uma espécie de filtro. Depois de concluído o processo, a água concentrada volta para o mar e a outra é tratada e abastece a população.
O método para dessalinizar água salobra de aquíferos, por exemplo, é exatamente o mesmo que se usa para a água do mar. A diferença é a quantidade de energia demandada e o tipo de membrana usada.
No país, a água dessalinizada responde por 75% do consumo doméstico de água. A cada ano, a tecnologia é aplicada em 600 milhões de metros cúbicos, o que equivale ao volume que abastece 6,5 milhões de pessoas por ano.
Fonte: Canal Rural.