Algumas plantas parasitas roubam material genético de suas plantas hospedeiras e usam os genes roubados para extrair mais eficientemente os nutrientes do hospedeiro. Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Penn State e da Virginia Tech, ambas nos Estados Unidos, revela que a planta parasita analisada roubou uma grande quantidade de material genético de seus hospedeiros, incluindo mais de 100 genes funcionais.
Esses genes roubados contribuem para a capacidade de trancar e roubar nutrientes do hospedeiro e até enviar armas genéticas de volta ao hospedeiro. O novo estudo apareceu em 22 de julho de 2019, na revista Nature Plants. "A transferência horizontal de genes, o movimento de material genético de um organismo para o genoma de outra espécie, é muito comum em micróbios e é uma das principais formas de bactérias adquirirem resistência a antibióticos", disse Claude de Pamphilis, professor de biologia da Penn State.
“Não vemos muitos exemplos de transferência horizontal de genes em organismos complexos como plantas, e quando o vemos, o material genético transferido não é geralmente usado. Neste estudo, apresentamos o caso mais dramático conhecido de transferência gênica horizontal funcional já encontrada em organismos complexos”, completa.
Plantas parasitas como dodder, que foi analisado, não podem viver por conta própria gerando energia através da fotossíntese. Em vez disso, eles usam estruturas chamadas haustórios para explorar o suprimento de água e nutrientes de uma planta hospedeira. O dodder se envolve em torno de sua planta hospedeira, crescendo em seu tecido vascular, e muitas vezes se alimenta de várias plantas de uma só vez. Pode parasitar muitas espécies diferentes, plantas selvagens assim como aquelas de importância agrícola e hortícola.
Fonte: Agrolink.
