Exportações e China de vento em popa garantem BRF e o “muito positivo” do Itaú BBA Destaque

Escrito por  Ago 13, 2019

Os números de exportações brasileiras de carne de frango e de suínos justificam boa dose dos ganhos da BRF no segundo trimestre, o “muito positivo” do Itaú BBA e a alta das ações (BRFS3) na B3 nesta sexta (chegou a 8% e recuou). O melhor resultado, reportado esta manhã, em quatro anos de uma das maiores processadoras dessas proteínas no mundo, com destaque para as aves, apresentou lucro de R$ 191 milhões e Ebtida bem acima do previsto pelo mercado.

A continuar a tendência, sem outros fatores que impliquem na alavancagem, já ajustada após alguns desinvestimentos, a companhia das marcas Sadia e Perdigão deve seguir bem melhor após esses anos de prejuízos. De resto, todo o setor, com a JBS disputando o mercado mundial lado a lado.

O ancoradouro vem sendo a China, com a desgraça da peste suína africana (PSA) dizimando o maior plantel do mundo – mais os de outros países da região – e exigindo mais proteínas em geral. Já que a produção global de suínos não atenderia, com seu excedente, a demanda chinesa.

Mais que os números em volume, o apetite do grande comprador tem puxado os preços, com a ajuda do câmbio, segundo os resultados divulgados esses dias pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Em aves, a receita de janeiro a julho foi de quase 11% acima do mesmo momento de 2018 e chegou a R$ 4,072 bilhões. A BRF é maior exportador global dessa proteína.

Foi o resultado de 2,4 milhões de toneladas, entre in natura e processada, 5,8% superior também. Só a China respondeu por 15% em julho.

Vale destacar ainda que a BRF vem superando o embargo do qual foi vítima na Europa, na esteira da Operação Carne Fraca, e também no Oriente Médio, onde possui forte base.
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Outro ponto importante no share brasileiro de frango, o maior do mundo, é o Japão superando a Arábia Saudita no segundo lugar entre os importadores. E os japoneses comprando cortes de maior valor agregado (como os europeus), elevaram em mais de 4% o valor do frango do Brasil, de acordo com dados do Cepea/Esald baseados em estatísticas da Secex.

A carne suína também saiu do período de sete meses com receita superior a 23% nos embarques internacionais. Os R$ 847,7 milhões aferidos pelo Brasil foram da transformação exportada de 414,5 mil toneladas, mais 19,6% sobre janeiro a julho de 2018.

A Rússia, que ficou 2018 sem comprar nada, está voltando aos poucos, depois que liberou seus importadores. E deverá agregar mais receita para a cadeia, num setor no qual a BRF tem uma concorrência mais acirrada, tanto do maior exportador mundial, os Estados Unidos, quanto de outras companhias brasileiras, como a JBS e Cooperativa Aurora.

A companhia ainda se prepara para a liberação de novas plantas exportadoras aos chineses, que recebem em investimentos, e algumas foram vistoriadas recentemente. (Money Times)

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