Segundo os critérios do IBGE, cerca de 294 mil estabelecimentos (80,5%) foram classificados como de agricultura familiar, detendo 25,3% das áreas. Esse recorte do Instituto é baseado em quatro critérios da Lei 11.326/2066: o estabelecimento possuir área de até quatro módulos fiscais (variáveis); utilizar, no mínimo, metade de trabalho familiar no processo produtivo e de geração de renda; auferir, também no mínimo, metade da renda familiar de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento e ter a gestão do estabelecimento ou empreendimento estritamente familiar. A Emater/RS-Ascar trabalha com a Assistência Técnica e Extensão Rural Social (Aters) a propriedades rurais médias e familiares; de subsistência; urbanas e periurbanas.
De acordo com o gerente do Censo Agropecuário 2017, Antônio Carlos Simões Florido, é importante ressaltar que, tanto o Censo do IBGE quanto qualquer outro levantamento ou pesquisa, tem sempre de se levar em conta a metodologia para realização da análise e conclusão.
Florido explicou ainda que o estabelecimento agropecuário é toda a unidade de produção ou exploração dedicada total ou parcialmente a atividades agropecuárias, florestais e aquícolas. E independentemente do tamanho, forma jurídica ou localização (urbana ou rural), essas unidades tem como objetivo a produção para venda ou subsistência, aquela em que a produção é para consumo próprio do produtor e sua família. Eventualmente, parte desta produção pode ser comercializada por meio da venda ou troca (por outros produtos ou por bens duráveis), no intuito de atender a outras necessidades de núcleo familiar, que depende totalmente ou em sua maior parte, da atividade agropecuária para sua sobrevivência econômica. "Destacando que o estabelecimento agropecuário não é sinônimo de propriedade rural, nem de família. Porque há aqueles que o produtor não tem área própria, sendo feita em terras arrendadas de terceiros; e outros, podem ser compostos por mais de uma propriedade e família".
O Censo faz uma fotografia da realidade da agricultura familiar do Estado. Como por exemplo, o uso das terras ficou em 41% para lavoura e 32% para pastagens. Os homens (61,9%) ainda predominam no trabalho familiar. Quase 30% (28,45%) dos trabalhadores familiares tem entre 55 e 65 anos; outros 23,87% estão entre 34 e 45%. Somente 6,43% tem entre 25 e 35 anos e com menos de 25 anos, somente 1,24% dos trabalhadores.
Também estiveram presentes o chefe da unidade estadual do IBGE no Rio Grande do Sul, José Renato Braga de Almeida, a coordenadora do Censo Agro 2017 no RS, Fernanda Assaife de Mello, e o ex-presidente da Emater/RS e atual diretor do Departamento de Compras Públicas para Inclusão Social e Produtiva Rural do Ministério da Cidadania, Iberê de Mesquita Orsi.
Da Emater/RS-Ascar participaram o presidente Geraldo Sandri, o diretor técnico, Alencar Paulo Rugeri, os gerentes técnico e de Planejamento, Rogério Mazzardo e Ronaldo Carbonari, além das equipes das gerências Técnica e de Planejamento.
EMATER