Conforme Hirata, as telas sempre ajudam. “São melhores que nada”, diz e deixa o conselho ao produtor: “se for instalar, instale uma que ajude a aumentar a produção”. A de cor vermelha apresentou aumento de produção no inverno e a alumínio no verão. “A preta vai bem no inverno, mas no verão produz pouco. A tela azul não é recomendada para hortaliças, por produzir uma planta menor. A tela azul é própria para viveiro de frutas”, comenta, levando em conta o seu experimento.
Edson Kiyoharu Hirata durante a defesa de sua dissertação
Na pesquisa científica, desenvolvida junto ao mestrado em Agronomia da Unoeste, a opção pela rúcula decorreu do fato de ser semeada ao longo do ano em várias regiões do Brasil, apesar de produzir melhor em temperaturas amenas. “Em áreas tropicais, o uso de telas coloridas de diferentes níveis de sombreamento modificam a intensidade da radiação solar e o espectro de luz que incide nas culturas também altera a temperatura do ambiente”, pontua.
Hirata conta que o objetivo da pesquisa foi avaliar as respostas fisiológicas da rúcula sob telas fotoconversoras no inverno e verão e o impacto dessa tecnologia na produtividade e anatomia da cultura, na região de Presidente Prudente (SP) que é de clima tropical. O experimento foi conduzido a campo no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. A rúcula foi cultivada em canteiros cobertos na parte superior e laterais por telas vermelha, azul, preta, Aluminet e o grupo testemunha a pleno sol.
Foram feitas avaliações de curva de resposta à luz, fluorescência da clorofila, teor de clorofila, epiderme adaxial e abaxial, parênquima paliçádico e esponjoso, densidade estomática e de venação. Também ocorreu a avaliação de biomassa fresca e seca. “Os resultados evidenciam que as telas fotoconversoras modificam o ambiente distintamente no inverno e no varão, porém não provocam alteração significativa no processo fotossintético das planas nas diferentes cores de tela e épocas estudadas, assim como na densidade das células epidérmicas”, diz.
Banca examinadora: doutores Ana Cláudia, Maia e Rodrigues
“Em todos os experimentos a espessura do parênquima esponjoso foi superior ao paliçádico no verão, ocorrendo o inverso no inverno. As modificações na intensidade e espectro de luz e da temperatura proporcionaram desempenho superior da tela vermelha, com maiores valores de altura e área foliar no inverno e das telas de Aluminet no verão”, conta Hirata que foi orientado pelo Dr. Gustavo Maia Souza e avaliado nesta quinta-feira (26) pelos doutores Ana Cláudia Pacheco Santos e João Domingos Rodrigues, da Unesp em Botucatu. Hirata foi aprovado para receber o título de mestre em Agronomia, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste