Já os embarques de trigo, por parte dos EUA, na semana encerrada em 17/08, atingiram a 311.314 toneladas, acumulando, no atual ano comercial 2023/24, um total de 3,6 milhões de toneladas, contra mais de 4,4 milhões em igual período do ano anterior.
E na Rússia, a previsão de colheita de trigo subiu para 92,1 milhões de toneladas em 2023. Já a colheita de cevada deve alcançar 20,9 milhões e a de milho 14,8 milhões de toneladas. Enquanto isso, no Brasil os preços continuam recuando, especialmente no Paraná, onde a colheita iniciou lentamente. A média gaúcha fechou a semana em R$ 66,29/saco, porém, as principais praças do Estado negociaram o produto entre R$ 61,00 e R$ 64,00/saco. Já no Paraná, o preço do trigo, ao produtor, recuou para R$ 60,00/saco nas principais praças.
Efetivamente, hoje, no Paraná, o trigo vem sendo negociado no menor patamar nominal desde outubro de 2020, no que diz respeito aos valores FOB. Além do recuo nas cotações externas, o mercado interno continua pressionado pela alta oferta, oriunda da produção, pela continuidade de importações, as quais não são compensadas pelas exportações do cereal. Além disso, uma nova safra cheia se avizinha no país. Por enquanto, apesar de problemas climáticos pontuais, particularmente no Rio Grande do Sul, mais de 85% das lavouras de trigo dos três Estados do Sul brasileiro têm sido beneficiadas pelo clima.
Novas projeções dão conta de que a safra gaúcha possa chegar a 4,82 milhões de toneladas, a de Santa Catarina em 500.000 toneladas e a do Paraná em 4,5 milhões de toneladas. Enfim, a nova safra de trigo 2023, no Brasil, estaria colhida em 4,7% até o início da presente semana, contra 3,9% no mesmo período do ano passado. Goiás teria chegado a 70%, sem grandes avanços nesta última semana, enquanto Minas Gerais atingiu a 35%, Mato Grosso do Sul 23%, São Paulo 3% e o Paraná 1%.
A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário - CEEMA*
Por: Agrolink -Seane Lennon