A Região Semiárida, abrangendo a maior parte do território estadual, é a mais afetada, registrando milhares de mortes de gado por falta de alimento e água. Além disso, a produção de frutas, milho e outros produtos agrícolas está sofrendo perdas consideráveis, especialmente no Oeste baiano, uma região vital para as exportações do estado e geradora de milhares de empregos diretos e indiretos.
De acordo com dados econômicos da FAEB, a produção informal de leite diminuiu mais de 50%, enquanto a apicultura, café, banana e caju também enfrentam perdas significativas. O plantio de milho e feijão está comprometido nas regiões produtoras, com 21% de atraso e 200 mil hectares de replantio apenas no Oeste do Estado, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA). Os municípios em estado de emergência abrangem mais de 371 mil produtores rurais em uma área total de 10.109.681 hectares.
O Cemaden revelou que a Bahia enfrenta a pior seca desde 1980, em decorrência do impacto do El Niño. Diante desse cenário crítico, a FAEB insta medidas urgentes e propõe a união de esforços dos setores público e privado para amenizar os impactos da escassez de chuva. Entre as propostas estão:
a) Ampliação dos programas de aquisição e distribuição de alimentos, como milho, trigo e soja, através dos órgãos e armazéns governamentais;
b) Prorrogação das parcelas de todos os débitos rurais;
c) Abertura de novas linhas de crédito para aquisição de ração e construção de cisternas, poços tubulares e dessalinizadores de água;
d) Ajuda direta dos Governos Federal e Estadual, fornecendo comida, água e itens essenciais para as famílias afetadas pela seca.