“Por exemplo, a habilidade do ferro de mudar a valência de Fe + 2 para Fe + 3faz com que seja um elemento-chave no processo de transferência de elétrons durante a fotossíntese e outros processos metabólicos. Além disso, o ferro é um elemento estrutural de várias enzimas. Embora não faça parte da estrutura da clorofila, o ferro intervém em múltiplos estágios da biossíntese deste pigmento”, comenta.
Além disso, Nolasco afirma que é por isso que as deficiências de ferro nas lavouras podem ser observadas como clorose, como amarelecimento das folhas, que se inicia nos tecidos mais jovens, já que o ferro não é um elemento muito móvel dentro da planta. Quando há deficiência de ferro, menos clorofila é sintetizada e a eficiência da fotossíntese é reduzida. Portanto, a planta tem perdas diretas em seu rendimento.
De acordo com o especialista, mesmo que o ferro esteja disponível no solo e as plantas necessitam de poucas quantidades, as características de determinados tipos de solo fazem com que o ferro se condicione de maneira em que as plantas não conseguem absorver. Sendo assim, se torna necessária a fertilização.
“O pH do solo é um dos condicionantes mais importantes em termos de disponibilidade, principalmente em solos com pH alcalino. No entanto, existem outros fatores que limitam a disponibilidade de ferro. Um exemplo disso, é a presença de carbonatos, fosfatos ou outros componentes que podem reagir, tornando-o insolúvel, de modo que é bloqueado ou fixado no solo e, portanto, não está disponível para a planta”, conclui.
Fonte: Agrolink.