A principal diferença da nova variedade é que não floresce com o calor, qualidade importante nas regiões produtoras que têm elevações de temperatura. “Houve um esforço de pesquisa para adaptar a espécie às condições tropicais do nosso país, principalmente porque altas temperaturas podem fazer a planta florescer antes da hora e produzir látex, uma substância que causa um amargor nas folhas”, explica o pesquisador Fábio Suinaga, coordenador do programa de melhoramento genético de alface da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).
A nova alface é em média sete dias mais precoce que as outras que já existem no mercado o que faz, mesmo diante de temperatura elevada, que a colheita ocorra mais cedo e com vegetais de qualidade. Do ponto de vista comercial permite atender a demanda do mercado por produto fresco todo o ano. O cultivo é indicado em todas as regiões do país, em qualquer sistema de produção seja campo aberto, hidroponia ou cultivo protegido. Oferece tolerância às principais doenças de solo da cultura, fusariose e nematoides-das-galhas, o que reduz a necessidade de manejo com defensivos.
A BRS Mediterrânea foi desenvolvida no programa de melhoramento genético de alface da Embrapa Hortaliças. A novidade será anunciada no próximo dia 24 de abril, durante as comemorações do aniversário da Empresa, em Brasília. (Agrolink)