Diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese salienta que a recriação do Conselho vai permitir a retomada do diálogo entre o governo e a iniciativa privada.
“Esse diálogo é necessário para a formulação de políticas voltadas a esta cadeia produtiva e também para a condução do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), importante fonte de financiamento para o setor, com recursos da ordem de R$ 6 bilhões para essa safra”, diz o executivo.
A cafeicultura envolve cerca de 300 mil produtores em 1.758 municípios brasileiros com aproximadamente 8,5 milhões de postos de trabalho. O CDPC, criado em 1996, é formado por representantes dos produtores, cooperativas, industriais, exportadores e Ministérios envolvidos com a cadeia produtiva.
Desafios
Farnese lembra que, entre os desafios que o Conselho Deliberativo da Política do Café terá de enfrentar, estão a ampliação das exportações dos cafés especiais, para agregar valor aos produtos e atender mercados cada vez mais exigentes, além de buscar avanços na pesquisa com o cultivo de espécies mais resistentes a escassez de chuvas.
Como assessoria ao Conselho, foi criado o Comitê Técnico, composto por representantes de cada Ministério e entidades privadas com o objetivo de discutir as propostas que serão levadas ao pleno do CDPC. O Comitê também fará a a avaliação do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa, financiado em parte com recursos do Funcafé.
Formação do CDPC
O Conselho Deliberativo da Política do Café é presidido pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e composto por dois representantes do Mapa, três do Ministério da Economia e um das Relações Exteriores.
Pela iniciativa privada, possuem assento: o Conselho Nacional do Café (dois representantes); a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (dois representantes), a Associação Brasileira da Indústria do Café (um representante), a Indústria do Café Solúvel (um representante) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (um representante). Ainda este ano poderá ser realizada a primeira reunião do Conselho.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento