Foi através de cursos, dias de campo, visitas, palestras e estudos, que compreendi que cada lavoura possui necessidades diferentes umas das outras para sua nutrição e maior produção. Hoje, o produtor precisa estudar formas para entender e melhorar seu parque cafeeiro. O ideal é buscar informações sobre:
- Variedades que possui ou que vai adquirir;
- Quais são as precoces, as médias, as tardias;
- Identificar o ponto de maturação para iniciar a colheita.
Vale lembrar que estamos falando de um fruto, então, quanto mais maduro maior será sua doçura.
Pontos importantes para serem observados:
- Clima;
- Microclima;
- Identificar variação de temperatura numa mesma lavoura (já vi lavouras que possuem menos de 1.000 metros de distância uma da outra, com 7ºC de diferença na temperatura);
Rastrear talhões com maior potencial de qualidade:
- Aquele com maior insolação;
- Os que recebem sol da manhã;
- Sol da tarde;
Ou seja, um dos primeiros passos é criar um histórico da lavoura para saber em qual direção seguir.
Outro ponto essencial para ser verificado é o território. Ele define a denominação de origem, ou seja, o perfil sensorial da bebida entre fragrâncias, aromas e sabores exclusivos de cada região na xícara. Não adianta o produtor querer colocar perfil sensorial de outras regiões no seu café. Exemplo: se ele está no Sul de Minas, seu café terá perfil sensorial do local, não conseguirá inserir o perfil de outra região.
Acredito que o produtor de café especial tem que ser especial! Já que a régua da qualidade subiu, o que era bom agora tem que ser melhor. Saber qual nível de mercado quer atingir é essencial!
Quer atuar no mercado de commodities? Invista em variedades novas com alta produção e resistência. Quer atuar no mercado de especiais? Aposte em variedades novas e primitivas com bebidas exóticas.
Definida a direção a ser seguida. O próximo passo é a tomada de decisão, mas esse assunto abordaremos no próximo mês.
Até lá!
Por Leonardo Custódio / CaféPoint