Em lavouras de café no Norte de Minas, em Pirapora e Bocaiuva, a doença tem apresentado condições de ocorrência e sintomatologia diferenciadas. Nas condições distintas, se destaca a área da planta afetada. Na leprose normal, as folhas internas da planta são as mais atacadas. Ainda, na condição normal, a parte mais atacada dos cafeeiros é o lado voltado para o sol da tarde, face mais quente das plantas. Na situação do Norte de Minas, o ataque é maior nas folhas externas e atinge os últimos pares de folhas. O lado com maior ataque se inverte, com maior infecção do lado da linha de cafeeiros que é voltado para o sol da manhã, ou seja, na face mais sombreada e fria da planta.
Diferença marcante é observada também quanto ao tipo de sintomas. Na leprose normal, as lesões se desenvolvem na forma de círculos translúcidos e tem tamanho maior. Na condição de ocorrência no Norte de Minas, as lesões são pequenas e aparecem como pontos amarelados, sem círculos característicos. Nessa condição nova, observa-se bastante desfolha pela doença.
O diferencial observado na ocorrência da leprose nas lavouras de café no Norte de Minas pode ser devido à presença de outra estirpe do vírus, o que é comum em doenças viróticas, e também a um hábito diverso do ácaro transmissor, o que deve ser objeto de estudos posteriores. Ressalta-se que a variedade plantada em maior escala nas duas regiões é a mesma, a catuaí.
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