Segundo o IBGE, o rendimento médio projetado para a produção de café arábica apresenta um crescimento de 16,2%, enquanto que a área plantada e a área a ser colhida aumentam, respectivamente, 4,2% e 5%. Os analistas lembram que a atual safra é de bienalidade positiva para a espécie, ano em que as plantas estão recuperadas fisiologicamente, uma vez que a produção do ano anterior foi menor.
Eles também observam que a recuperação dos preços do grão no final do ano passado deve incentivar os produtores a aumentar os investimentos em tratos culturais e adubação das lavouras. “Até o presente momento, não se tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção de 2020”.
Minas Gerais, maior produtor de café arábica do País, com 75% do total nacional, estima colher 31,2 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 26,2% em relação a 2019. No Espírito Santo, a estimativa da produção encontra-se 33,4% maior que no ano passado, chegando a 3,4 milhões de sacas de 60 kg.
Em relação ao café canéfora (robusta/conilon), a estimativa do IBGE é de uma produção de 14,2 milhões de sacas de 60 kg, retração de 7,7% em relação a 2019. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro da espécie, com participação de 66,3% do total, a produção estimada está em 9,4 milhões de sacas de 60 kg, queda de 11,4%.
Em Rondônia, a produção estimada foi de 150,9 mil toneladas, ou 2,5 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,1%. Na Bahia, a estimativa da produção encontra-se em 1,8 milhão de sacas de 60 kg.
Os analistas observam que o canéfora passou o ano de 2019 sendo comercializado por um valor relativamente baixo, não retornando boa rentabilidade para os produtores. “Dessa forma, a menos que haja recuperação dos preços nos próximos meses, não se aguarda aumento nos investimentos em tratos culturais e adubação, o que pode comprometer o rendimento das lavouras ao longo do ano”.
As informações são do Globo Rural.