Consumidores chineses não associam imagem do Brasil como provedor de alimentos Foto: Divulgação

Consumidores chineses não associam imagem do Brasil como provedor de alimentos Destaque

Escrito por  Ago 25, 2022

O talk show A Voz do Mercado.0 terça-feira (23) debateu a Dependência da China: desta vez comércio exterior do Agro. Nesta edição, os mediadores Ivan Wedekin e Suelen Farias receberam Marcos Jank, professor sênior de agronegócio global do INSPER, Larissa Wachholz, sócia da Vallya Agro, com expertise no mercado chinês, Rogério Moraes, diretor-geral da JBS Ásia, baseado em Shanghai, na China.


O debate se concentrou na evolução e como temas das relações Brasil-China no agronegócio, entre outros emergentes em relação a uma das maiores potências do mundo. A China foi o principal destino das exportações brasileiras, representando 35% do faturamento externo do agronegócio: os chineses compraram mais de um terço (31,8%) das exportações brasileiras nos últimos dois anos. O mês de julho foi considerado o melhor mês da história em termos de faturamento. US$ 1,1 bilhão, além do registro do segundo melhor julho da história em termos de volume. Foram 167,3 mil toneladas exportadas.

De acordo com Larissa Wachholz sócia da Vallya Agro, os consumidores chineses pouco sabem do Brasil, eles não associam a imagem do país a um provedor de alimentos seguros - que é o que queremos ser para eles. "Uma parte das exportações brasileiras de produtos agrícolas vão para cadeias industriais, produzidas ou fornecidas a maior parte dos consumidores em embalagens de produtos locais. Por este motivo, não há associação clara sobre o nome do produto. É criar uma imagem junto ao produto. consumidor", salientou Larissa.

A relação do Brasil com a China é extremamente eficiente para o país. Ela vem passando a aumentar muito importante ao longo das últimas décadas, a passar por um processo de desenvolvimento econômico, de urbanização e renda da sua população, que passou a diversificar sua dieta alimentar, a mais proteína animal. Segundo Larissa, esse comportamento é típico de países que enriquecem.  

O agronegócio veio se preparar para atender diversos mercados – principalmente a China, pelo seu tamanho e sua pujança. Com viés de longo prazo, a interdependência dos dois países deve continuar. A economia chinesa deve e precisa, a urbanização deve continuar, assim como o poder aquisitivo também. Com isso, o Brasil deve se beneficiar de todas as ferramentas para atender a uma demanda crescente, que não vai conseguir ser suprida apenas pela produção local chinesa.

Rogério Moraes, diretor-geral da JBS Ásia, baseado em Xangai, na China, destaca que não há como negar que as grandes oportunidades do agro estão. O Brasil tem disponível e chamado a atenção e chama do setor. Se não tivermos uma estratégia muito clara e uma implementação conjunta, será muito difícil construir uma imagem e uma percepção relevantes. Não basta fazer isoladas. A construção de imagem se dá a longo prazo, em períodos de bonança, mas também em períodos de crise.

A China foi o principal destino das exportações brasileiras, representando 35% do faturamento externo do agronegócio. “A China é o principal cliente do Brasil em diversos produtos. Temos que cultivar essa relação - dar mais transparência e mais previsibilidade, pois a China é responsável pela grande revolução brasileira, que se não fosse a demanda chinesa a revolução não , por isso a necessidade de transparência. Cultivar uma relação de chineses longo prazo, completou Marcos Jank, professor sênior de agronegócio global do INSPER

Por: Agrolink -Aline Merladete

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