“Por isso, esperamos que o novo governo cumpra de modo eficaz essa meta, conforme o cronograma definido pelo novo titular da pasta, de um incremento de 5% ao ano”, complementou.
Meirelles também considerou positivo o fato de Fávaro elogiar seus antecessores no cargo, incluindo Tereza Cristina e Marcos Montes, que desempenharam a função no governo anterior. “O novo ministro lembrou, de modo justo e oportuno, o mérito de todos os que, desde Roberto Rodrigues até o presente, levaram o Brasil de uma produção de 90 milhões de toneladas de grãos anuais para mais de 300 milhões”.
Nessa mesma linha, o diálogo com os produtores e a sustentabilidade do setor rural, assim como o apoio à Embrapa e melhor dotação orçamentária do órgão, foram outros pontos do discurso de Fávaro considerados positivos pelo presidente da Federação.
Referindo-se ao pronunciamento desta segunda-feira do novo ministro e a itens contidos no documento do Gabinete de Transição (GT), Meirelles destacou os seguintes itens das propostas do governo para o agronegócio: garantia de recursos para o Plano Safra, nas linhas de custeio e investimento e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro); assistência técnica e extensão rural; transferência de tecnologia para a agropecuária; o avanço do cadastro ambiental rural; e a modernização da Embrapa.
Outro ponto importante destacado foi a importância do direito de propriedade e ainda sobre a ênfase na produção sustentável. “A atividade agropecuária no Brasil é, sem dúvida, altamente sustentável. O que precisamos melhorar é a comunicação sobre o tema”, enfatizou Meirelles.
“Também esperamos que os produtores sejam ouvidos, que haja permanente diálogo, respeito à propriedade privada e que a agropecuária continue como uma das prioridades nacionais. Isso é fundamental para o setor, que tem sido um forte alicerce da economia brasileira”, ressaltou o presidente da FAESP.
A FAESP mostrou preocupação com a decisão emitida pelo Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores. A Federação avalia que a órgão é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados, além da conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos do País. A FAESP acredita que a medida sobre a extinção deve ser revista pelo governo brasileiro, pelos motivos citados.