A produção máxima de açúcar no Brasil, combinada com capacidade ociosa limitada e a Índia focando na produção de etanol em vez de subsidiar exportações de açúcar, está criando a necessidade de novos fornecedores de açúcar. Nos últimos quatro anos, o mundo consumiu os estoques em três deles. Como resultado, o BTG projeta custos de produção mais baixos no Brasil, em torno de 14 cents/lb nesta safra, o que deve levar a margens de lucro robustas no futuro.
Apesar de o banco enxergar uma queda nos preços do açúcar no próximo trimestre, muito em função das condições climáticas desfavoráveis no Hemisfério Norte, os valores devem se manter em patamares históricos no longo prazo. O grande ponto de atenção do BTG fica para capacidade “oculta” de açúcar no Brasil. Em função das margens elevadas para a commodity, o banco enxerga a possibilidade das fábricas exclusivamente de etanol investirem na produção de açúcar.
O BTG Pactual emitiu recomendações de compra para várias empresas do setor de sucroenergia listadas na B3, com potencial de alta significativo. Destacam-se a Raízen (RAIZ4) com um preço-alvo de R$ 8,00, representando um potencial de alta de 124,1%; a São Martinho (SMTO3) com preço-alvo de R$ 54,00 e potencial de alta de 39,3%; a Adecoagro (AGRO US) com preço-alvo de R$ 17,00 e potencial de alta de 46,4%; e a Jalles Machado (JALL3) com preço-alvo de R$ 12,00 e potencial de alta de 39,5%. Essas recomendações refletem a perspectiva otimista do banco em relação ao setor e seu potencial de crescimento.
Por: Agrolink -Leonardo Gottems