Para o economista Antônio da Luz, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esse avanço tende a continuar acelerado, sobretudo diante da maior concorrência no segmento estimulada pelo governo. Dentre os pontos favoráveis às cooperativas, da Luz cita o perfil mais simplificado de gestão, com executivos mais próximos dos cooperados e estrutura de gerência menor e menos burocrática.
“As cooperativas de crédito são muito mais leves que os bancos tradicionais. Conseguiram furar o bloqueio de um grupo muito fechado de bancos e são, hoje, as que mais estão ganhando ‘share’ no crédito rural, crescendo a uma taxa de dois dígitos há um bom tempo”, explica o economista.
Atualmente, 437 cooperativas de crédito atuam no segmento rural no país em cerca de 600 municípios, segundo dados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
Para Márcio Freitas, presidente da entidade, as cooperativas fazem muito sucesso porque se localizam, muitas vezes, em cidades que não possuem agências bancárias. “Estamos ocupando espaços que, muitas vezes, os bancos não querem. E é aí que as cooperativas são mais competitivas”, conclui Freitas.
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