Registro de agrotóxico aumentou, mas venda diminuiu em 2017, diz Mapa Destaque

Escrito por  Jul 08, 2019

Ministério divulgou dados do Ibama e argumentou que o fato de haver mais produtos no mercado não significa um uso maior

O registro de agrotóxicos no Brasil aumentou, mas as vendas diminuíram. É o que afirma o Ministério da Agricultura (Mapa), com base em dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) referentes aos anos de 2016 e 2017. Para o Mapa, indica que haver mais marcas no mercado não significa, necessariamente, uma utilização maior dos produtos no campo.

Segundo a Agricultura, o número de produtos registrados passou de 277 para 405 de 2016 para 2017. Mas os dados do Boletim Anual de Produção, Importação, Exportação e Vendas de Agrotóxicos no Brasil, feito pelo Ibama, mostram que as vendas caíram de 541,8 mil toneladas para 539,9 mil no período. As informações referentes a 2018 devem ser divulgadas em setembro próximo.

“O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam 30% do custo de produção”, argumenta o Coordenador-Geral de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa Agropecuária, Carlos Venâncio, no comunicado divulgado pelo Ministério da Agricultura.

Segundo o Mapa, foram registrados 450 agrotóxicos em 2018. Só no primeiro semestre deste ano, foram 211 registros. O Ministério da Agricultura pondera, no entanto, que apenas um desses registros traz um novo ingrediente ativo. Os demais são produtos genéricos, produzidos a partir da quebra da patente das moléculas originais, que compunham outros produtos existentes no mercado.

A pasta avalia que a aceleração nos registros se deve a ganhos de eficiência e redução de burocracia nos processos. Pela legislação brasileira, um produto tem que ser avaliado pelo próprio Ministério da Agricultura, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (que avalia os riscos à saúde humana) e pelo Ibama (que avalia os possíveis impactos ambientais da utilização do agrotóxico).

“O objetivo da aprovação de produtos genéricos é aumentar a concorrência no mercado e diminuir o preço dos defensivos, o que pode refletir na queda do custo de produção. Já a aprovação de novos produtos tem como objetivo disponibilizar novas alternativas de controle mais eficientes e com menor impacto ao meio ambiente e à saúde humana”, diz o Ministério da Agricultura, na nota.

Atualmente, estão aprovados no país 2,173 mil produtos formulados, de acordo com os dados do governo. Do total, 48% não são comercializados.

 

 

Fonte: Revista Globo Rural.

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