“A exportação de leite é o caminho adequado para termos um mercado mais amplo e evitar tanta oscilação nos preços pagos aos produtores, que ficam desmotivados para produzir”. A afirmação é do diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Alberto Figueiredo.
A Balança Comercial brasileira fechou 2019 com superávit de US$ 46.674 bilhões e queda de 20,50% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo arrefecimento no comércio global em virtude das tensões entre Estados Unidos e China, da crise na Argentina e do crescimento doméstico menor do que o inicialmente estimado.
Em sua retrospectiva de 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) destacou que nos últimos 40 anos, enquanto a área ocupada pela agricultura aumentou 33%, a produção cresceu em torno de 386%. Além disso, segundo o Mapa, programas como o ABC Cerrado e o incentivo aos orgânicos e aos bioinsumos revelaram as novas tendências do agro brasileiro.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei Complementar 171/2019, que altera a Lei Kandir para prorrogar prazos em relação à apropriação dos créditos do ICMS. Segundo a lei, as empresas exportadoras poderão contar com esses recursos a partir de 1º de janeiro de 2033, e não mais a partir de janeiro de 2020, como estava previsto na regra anterior.
O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Sistema Ocepar), José Roberto Ricken, prevê para 2020 bons resultados na safra de soja e milho e um mercado de carnes “firme”, o que deve estimular o setor a seguir investindo.
Os dados da balança comercial brasileira em 2019 somente seráo divulgados na próxima quinta-feira (2) mas já é possível antecipar que em mais um ano o agronegócio seguirá liderando o ranking dos principais produtos exportados pelo Brasil. Dos dez principais produtos embarcados pelas empresas brasileiras para outros países, oito pertencem a esse setor cada vez mais importante para a economia e o comércio exterior brasileiros.
A equipe econômica deve lançar esse mês opções de balcão para preço mínimo
O governo Bolsonaro prepara uma campanha de marketing para tentar melhorar a imagem do Brasil no exterior, com grande destaque para o agronegócio. Na leitura do Ministério da Agricultura, o setor entrou de vez na mira de um movimento internacional de ataque, principalmente por causa de questões indígenas e ligadas ao meio ambiente.